segunda-feira, dezembro 31, 2007

Banda sonora para o fim do ano

Quem reconhece as três faixas sabe dizer-me onde posso encontrar uma festa à altura?

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Swedish gay porn with goats

Nesta altura do ano há sempre imensas listas do melhor e do pior do ano, no mesmo espírito resolvi partilhar a forma que algumas pessoas usam para chegar a este antro de perdição.E sim, tenho consciência que o título do post é bem capaz de me trazer toda uma clientela nova.

  • "fotos culminates de mel gibson"
  • "como viram as rodas dos carrinhos telecomandados"
  • "download Conan o rapaz do futuro" (4 pessoas)
  • "fotos do fim do mundo" (2 pessoas)
  • "Amsterdam prostitution"
  • "o mundo antigamente"
  • "chicken madness"
  • "posso fumar haxixe em Barcelona"
  • "prostituição rotunda Funchal"(2 pessoas)
  • "estalar ossos" (4 pessoas)
  • "museu de ciências naturais de Londres" (3 pessoas)
  • "nunca mais bebo"
  • "língua que se fala na Bélgica"
  • "como funciona a saúde m Bruxelas para um emigrante" (3 pessoas)
  • "emigrante no fim do mundo"
  • "razões para não ter filhos" (2 pessoas)
  • "quero ver o mundo ao vivo"
  • "minipreço"
  • "sadismo"
  • "sessão de fisioterapia custa"
  • "Bélgica e multilinguismo"

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domingo, dezembro 30, 2007

Mau!...

O fogo de artifício em Bruxelas foi cancelado devido ao alerta terrorista. Para quem não sabe depois da prisão de 14 suspeitos um pouco antes do natal a Bélgica, mas principalmente Bruxelas, está em alerta vermelho. Normalmente a única diferença visível no centro são alguns polícias brutamontes a mais mas nada de especial, o cancelamento do fogo de artifício é a primeira medida visível e chata. Agora faço o quê amanhã à noite?

Leitura do momento

Há meses que não lia em português, meninos. Até parece mentira.

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Que tristeza

Através do Diplomata cheguei a este vídeo triste no blog Combustão.

Uma pessoa comentou que o primeiro-ministro belga não sabia por que se celebrava o dia nacional da Bélgica e que por este andar íamos para o mesmo caminho. Convém explicar que o primeiro-ministro belga é flamengo e sabe todos os dias celebrados na Flandres e o hino em flamengo mas não conhece os dias wallons ou o hino em francês. Ao menos esse tem a desculpa de que não o ensinam na escola...

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sábado, dezembro 29, 2007

Paris ao vivo e a cores

Isto de ir de férias ou de fim de semana para fora durante o inverno tem muito que se lhe diga, meninos. Mas valeu a pena, afinal de contas precisava descobrir se a famosa atitude francesa existia ou não. (Existe.)

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Paris a preto e branco

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terça-feira, dezembro 25, 2007

Vou a Paris pelos meus anos, posts só no fim de semana

Deixo-vos com as músicas que me fizeram rir este ano:

Amy Winehouse - "Rehab" ("they tried to make me go to rehab, I say "no, no, no"")

Lily Allen - "Knock'em out" ("no, not in a million years, you're nasty, please leave me alone.")

The Devil makes three - "Beneath the piano" ("I can drive with my eyes closed, and play by ear and I sleep beneath the piano")

Gothic Archies - "Run away from bad beginnings" ("run run run run run or die, die die die die")

Faith No More - "RV" ("you ain't never gonna amount to nothing")

Bela Fleck - "Flight of the cosmic hippo"

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segunda-feira, dezembro 24, 2007

Para quem precisa de um intervalo na consoada

"little Sparta"

Os que querem um intervalo mais longo podem ir aqui para provar que não é só a minha gata que é doida por água e aqui para ver a melhor sesta de gato que eu já vi (aos 17 segundos).

Podem ver o Jon Stewart em 1996.

Agora voltem lá para os vossos serões, meus malucos.

Feliz Natal e coiso e tal!...

(c) John Williams.

domingo, dezembro 23, 2007

Post secret France

O post secret está a expandir. Agora temos o Post secret France: Para quem não fala francês há tradução.

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Leitura surpresa

Tenho de confessar que andei a evitar este livro desde que foi publicado; a ideia de ler uma auto-biografia de uma escritora de quem só li um livro não me atraía, embirro com o cada vez maior número de biografias de gente demasiado nova para poder escrever biografias e não gostei (e continuo a não gostar) dos quase trinta euros que a Waterstone's pediu por uma edição normal de um livro recente e com milhares de exemplares.

Quem foi o sábio que disse que os livros como muita coisa na vida têm um momento, uma altura certa? Esta semana fui à segunda livraria inglesa de Bruxelas, Sterling, e apesar do objectivo ter sido procurar o Going solo do Roald Dahl acabei por comprar o The mistress's daughter e devorá-lo em dois dias.

Não sendo uma biografia rígida o The mistress's daughter relata os eventos da adopção da A.M. Homes. Aos 31 anos a sua mãe biológica decide entrar em contacto e a partir daí nada volta ao normal. A. M. escreve com uma honestidade nada aconselhada nesta altura de media frenzy e com um humor cáustico que alivia a tensão da própria e do leitor. E toda a estranheza da situação e das duas famílias acabam por dar a esta auto-biografia um certo ar de ficção de humor negro.

A Isabel Allende comentou numa entrevista que com uma família como a sua não era preciso ter imaginação para ser escritora, apenas um bloco de notas; o livro da A. M. Homes com as suas duas famílias, ambas exigentes, cómicas e um pouco disfuncionais é a citação em forma de livro. Quase que apetece perguntar se a senhora não andou com um bloquinho de notas enquanto falava com os quatro pais. Como o Eminem, que através do rap e o hip-hop passou a fronteira do pessoal e público e que contou com coragem os seus problemas matrimoniais e os seus traumas de infância, este livro é catarse, expurgação contudo oferece ao leitor tempo e espaço para seguir a história e sorrir com a estranheza do ser humano.

"I grew up feeling that on some basic level my mother would never let herself get attached again. I grew up with the sensation of being kept at a distance. I grew up furious." P.6

"I am dealing with the divide between sociology and biology: the chemical necklace of DNA that wraps around the neck sometimes like a beautiful ornament - our birthright, our history- and other times like a choke chain."P.7

""Tell me a little bit about you,"I say. (ao pai biológico quando se conhecem pela primeira vez)

"I'm not circumcised."

Okay, maybe it wasn't the first thing he said, but it was certainly, the second. "My grandmother was a strick Catholic, she had me baptized. I'm not circumcized."P.45

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Música do momento

Amy Winehouse - "Me & Mr Jones"

Feist - "So sorry"

Indochine - "J'ai demandé a la lune"

Prata Vetra (Brainstorm) - Masa Nakts (sister night)

T-Rex - "Ballrooms of Mars"

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sábado, dezembro 22, 2007

Já temos governo!

Parece um milagre de natal, não é? Quase sete meses sem governo e agora há um. Eu nem queria acreditar que havia acordo. Logo de seguida informaram-me que não há acordo nenhum. Pois é, meninos, esta malta não se entende e o rei perdeu a paciência - chamou o ex-primeiro-ministro, que tinha perdido as eleições, e ordenou-o a formar um governo temporário e na Páscoa há novas eleições.

O que é que me faz confusão nisto tudo? Bem, quase tudo. Primeiro, esta birra de sete meses entre as duas comunidades é muito estranha. Segundo, o rei não tem poder nenhum, excepto persuasivo, não pode ordenar coisa nenhuma por isso acho que deve ter uma retórica incrível e que a devia ter utilizado para arranjar um acordo e não um governo fantoche. Terceiro, o tipo que perdeu as eleições vai para primeiro-ministro? Quarto, os belgas estão contentes com o fim da palhaçada mas quem diz que não se repete ou piora na Páscoa?

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quarta-feira, dezembro 19, 2007

Enquanto o país existe

Update belga:

Nas áreas à volta do aeroporto os residentes tomaram a decisão de não vender terrenos/casas a pessoas que não falem neerlandês ou que não tenham prova de que estão a aprender a língua.

A Miss Bélgica levou nas orelhas por não falar neerlandês. (artigo em inglês)

Para quem tiver interessado e falar francês ou neerlandês (legendas) podem ver aqui um resumo da famosa notícia falsa, uma verdadeira peta de 1º de Abril, em que a Flandres declarava independência, a Bélgica não existia e o rei saía do país. Uma das minhas partes favoritas é uma verdadeira partida dos transportes públicos wallons (já me queixei deles aqui antes): pararam a meio do percurso e anunciaram aos passageiros que devido à declaração de independência não estavam autorizados a entrar na Flandres. Toda a gente no eléctrico acreditou e foram a pé; no comboio disseram que a polícia iria verificar os passaportes, é triste como levamos a sério a autoridade. E quase no fim vemos a polícia wallona a participar na brincadeira:

- Chef, il n'a y plus de Belgique!

- Merde.

Lá a meio lá admitiram que eram peta mas o pânico já estava por toda a Wallonie, como a maioria dos flamengos não vê os canais franceses só no dia seguinte é que deram por ela. Ver aqui. E aqui outro resumo desta feita dum canal francês.

(quem foi o palerma que me disse que a Bélgica era aborrecida e cinzenta?)

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Ainda Diane Arbus: nudist essay

A escritora A. M. Homes (de quem já "falei" aqui, aqui e aqui) escreveu um artigo interessante sobre as fotografias da Diane Arbus na colónia de nudistas. Não esquecer que isto foi nos anos 60, as fotos da Arbus têm sido muito imitadas e na maior parte das vezes, mal.

"1963'

We were young—though at the time we thought we were getting old—maybe we didn't know we were going to live so long. (...) they were excited about being naturalists, that's what they called themselves. But you have to remember at that time everyone wasn't running around exposing themselves like they do now. A lot of women still wore hats and gloves if they were going out.

What was it like when Diane Arbus arrived?'

'She wasn't so famous then. She was a fashion person, that much I knew, and I thought it was funny that a fashion photographer was coming to take pictures of naked people. So I dressed up. I gave myself a manicure and a pedicure.

That woman, Arbus, had an ability—what do you call it? Uncanny—to take photographs of things you think are hidden or want to keep hidden. Forget that we thought we were naked. I was never really naked until that picture—do you see what I mean? She took pictures of the thoughts, feelings, things you might not even know existed inside yourself. It wasn't that she made you look one way or another, she made you look exactly like yourself. Horribly yourself, whoever you were. Is that beauty? If you can accept it, I think it might be.'"

Podem ler o artigo na sua totalidade aqui.

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terça-feira, dezembro 18, 2007

Cartoons marotos

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segunda-feira, dezembro 17, 2007

Releitura do mês

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Como chegar aos 70 anos

O velhote sentado ao meu lado no metro tinha uma malinha de advogado dos anos 80, daquelas que parecem doer imenso se levarmos com uma nas trombas. Estava entretido a ler o seu jornal e só quando se preparou para ir embora é que reparei no potencial para ser meu amigo. Ao abrir a mala para guardar o jornal reparei que o seu interior consistia de papeis A4, uma garrafa de Smirnoff, uma chave de parafusos e guardanapos. Não consegui reprimir um sorriso (e tentei, juro que tentei) e o senhor fechou a mala muito depressa.

- É preciso estar preparado.

Vi a sua gabardina verde sair do metro com a minha esperança na humanidade renovada.

Adivinhem a temperatura em Bruxelas:

Não sei se perceberam mas todas as queixas lisboetas do frio estão a ser enviadas para a repartição errada, é favor dirigir-se a uma repartição em Cabo Verde.

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domingo, dezembro 16, 2007

Fur: An imaginary portrait of Diane Arbus

Quem conhece (ou quem quer conhecer) a obra da fotógrafa Diane Arbus vai apreciar o filme Fur.

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sábado, dezembro 15, 2007

E mostrar a língua?

O meu chefe que por acaso é francês comentou comigo que recusaram-lhe uma foto no consulado (para o passaporte) porque estava a sorrir. Tinha todos os documentos, os sessenta euros e tem de lá voltar com uma foto em que não esteja a sorrir. Aparentemente para a função pública francesa sorrir deforma as fotos, todas as fotos oficiais francesas obedecem a esta regra. Tentem não tirar conclusões como as que eu tirei e comentei com o meu chefe, tenho a ligeira impressão que o sentido de humor mediterrâneo não ficará bem lembrado entre os franceses lá do escritório.

O reino belga resiste ainda e sempre

Para celebrar os seis meses sem governo o jornal Le Soir decidiu vender o dvd da famosa emissão da RTBF em que a Flandres declarava independência. Caso não se lembrem a notícia era falsa e era suposto não passar de uma piada mas a meio ano de braço de ferro para formar governo o dvd é agora uma série de culto; o velhote da tabacaria avisou-me logo que o dvd estava esgotado e que estavam a planear uma reedição. Este fim de semana o principal jornal flamengo De standaart edita o mesmo dvd mas com legendas flamengas, já pedi para reservar...

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sexta-feira, dezembro 14, 2007

Pois e tal

http://postsecret.blogspot.com/

domingo, dezembro 09, 2007

A questão dos sacos de plástico

Anda tudo muito confuso no messenger e como sempre não percebo nada. Primeiro foi o minipreço agora o governo, indignação e tal... Eu explico como são as coisas nos dois países malucos onde vivi.

Na Letónia não há taxa ecológica sobre, bem, nada que eu me lembre. Os sacos de plástico estão na caixa do supermercado para quem quiser e há cores à escolha; em contrapartida as ruas estão um nojo (fora da capital principalmente), há lixo por toda a floresta e adivinhem, sacos de plástico a flutuar nos rios. Isto explica-se um pouco pela bela da preguiça: durante a ocupação russa as ruas eram limpas diariamente e andava tudo impecável, agora sem os varredores russos não há forma de impedir os bêbados de atirarem lixo para o rio. A minha colega de quarto chegou a levar os miúdos do orfanato dela às margens do rio para apanhar lixo e ao fim do dia era como se não tivessem carregado sacos cheios... O pessoal parece estar-se um pouco nas tintas excepto quando querem fazer um pic-nic e há demasiados cacos ou latas de cerveja. Outra coisa interessante é que como os sacos são pagos pelo governo e a Letónia não é propriamente rica os sacos são de má qualidade.

Na Bélgica há leis para quase tudo, é obrigatório pôr o lixo separadamente e nos dias certos. A primeira multa é de 250 euros depois é sempre a subir. Compramos os sacos no supermercado: brancos para o lixo normal, amarelo para o papel, azul para o plástico e castanho para a jardinagem; o preço varia conforme o tamanho, eu compro os mais pequenos, de 30 litros, e por 2E temos 30 sacos e arame para os fechar. O dinheiro dos sacos vai directamente para a produção de novos sacos, claro mas também para a reciclagem e para cada câmara gerir o departamento competente. O sistema não é perfeito, é proibido pôr o lixo na rua antes das 17h mas como não há caixotes há passeios atafulhados de sacos e de caixotes de cartão até cerca das 19h quando o carro recolhe. Nos primeiros meses não atinava com os dias certos, há um por semana para a reciclagem e cheguei a ter de ir pôr na rua do lado. E como cada freguesia é que organiza os dias e os horários não adiantava perguntar aos meus amigos e como nunca vejo os meus vizinhos fui ao site (estamos tão modernos). Nos supermercados também se paga pelos sacos de plástico com a vantagem de poder comprar um saco reciclado; a grande diferença é que aqui usa-se o caddy ou trolley. É muito prático e muito melhor para a minha tendinite que carregar sacos. Claro que quando comentei com a minha gazelinha preferida a única coisa que ela soube dizer foi:

- Ah! Como as velhinhas!...

Não porque posso escolher as cores e não sou obrigada a andar com uma manta axadrezada com rodas mas suponho que ela não me ouviu com atenção e prefere acartar sacos.

Em suma, se o dinheiro for usado para a reciclagem e campanhas ambientais acho que 0,05e não custa muito, e não são os portugueses que se queixam sempre das moedas pretas?

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Gira-discos

Alguém sabe aconselhar-me na compra de um gira-discos?

Lembro-me disto, sim senhor

Uma das conversas recorrentes entre os meus amigos /conhecidos madeirenses é sobre a RTP Madeira de "antigamente", ou seja, de quando não havia cabo e só havia a RTP Madeira. Não era tudo mau, vi muitos filmes clássicos durante a tarde e havia muitos desenhos animados; foi graças a esses filmes que comecei a aprender inglês (com sotaque americano para mal dos meus professores britânicos) e não há mal nenhum em ver bonecos. O problema era a chamada "produção regional"(muito brinquei eu lá fora):

Agradecimentos ao blog Funchal 32º 38' N 16º 58' W e aos Gato Fedorento.

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sábado, dezembro 08, 2007

Somos o primeiro... a não perceber

Após alguns meses voltei a espreitar a emissão em directo da RTP. Antes de mais devo esclarecer que deixei de ir ao site devido a dificuldades técnicas (era lento e a imagem parava enquanto ficava a ouvir a emissão...) e à sorte que me é característica (por duas vezes apanhei missa, depois um discurso daquele que não é meu presidente).

Comecei a sentir-me muito emigrante quando para cada conversa com amigos em Lisboa ou no Funchal eram precisas explicações começadas pela frase "foi depois de ires embora", então decidi dar uma segunda oportunidade ao site.

Dois segundos após o início da emissão apanhei a canção dos 50 da RTP. Até pensei que era a típica aglomeração de "famosos" (não conheço toda a gente) para a época natalícia. Tudo bem, afinal de contas eu nem sabia dos 50 anos... Agora está a dar um programa em que quase todos os entrevistados não têm todos os dentes. Chama-se A liga dos últimos, acho eu. (parabéns à direcção do programa pela escolha da música para o tema, conquistam-me sempre com o Kusturica e o Gato preto, Gato branco.) Até agora descobri que o "avô do namorado da sobrinha da Presidente do Beira Vouga" gosta de cerveja mas ainda não descobri se isto é uma piada dos Gato Fedorento ou se os reformados chegaram ao poder. Alguém esclarece?

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Música para a próxima semana

José Gonzalez - Teardrop (Original de Massive Attack)

The Veils - Jesus for the jugular

The devil makes three - Old number seven

The National - Fake empire

Da Weasel - Encostei-me para trás na cadeira do convés (poema de Álvaro de Campos)

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Para abrir o apetite

"... it's wrong what they say about the past, I've learned, about how you can bury it. Because the past claws its way out."

"The Hindi kid would soon learn what the British learned earlier in the century, and what the Russians would eventually learn by the late 1980s: that Afghans are an independent people. Afghans cherish custom but abhor rules. Ando so it was with kite fighting. The rules were simple: No rules. Fly your kite. Cut the opponents. Good luck. Except that wasn't all. The real fun began when a kite was cut. That was when the kite runners came in, those kids who chased the wind-blown kite drifting through the neighborhoods until it came spiraling down (...). The chase got pretty fierce; hordes of kite runners swarmed the streets, shoved past each other like those people from Spain I'd read about once, the ones who ran from the bulls."

Khaled Hosseini, The kite runner.

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

Eu sou o Filipe. E o Miguelito. E a Mafalda.

Não sei quantos dos meus estimados leitores (é tão bonita a graxa portuguesa) estão familiarizados com a banda desenhada Mafalda. Talvez conheçam de nome - tanto quanto sei três dos meus amigos só ouviram falar porque tenho problemas em ficar com o bico fechado- talvez até tenham lido um livro ou outro, o certo é que até hoje conheci apenas três pessoas que gostam da BD e nenhuma, repito, nenhuma analisa a vida quotidiana com conhecimento adquirido daquelas páginas como eu. Não é possível.Lembro-me de algumas colegas na faculdade insistirem muito (mais depois da segunda cerveja) que eu era a Mafalda, a contestatária, a decidida, a que enfrenta o touro (como disse, estas conversas surgiam depois de uns copos), a casmurra, a anti-sistema etc Deixei-as falar como deixei muitos antes e depois, já perdi a conta das vezes que as pessoas afirmaram, juraram a pés juntos que eu "era assim" e "assado". Meninos, nem eu sei quem sou e luto todos os dias para não me perder em dúvidas e fazer algo da vida (o plano não funcionou exactamente como tinha imaginado em miúda: não tenho um avião privado, não viajo como o Macgyver, não sou a minha própria chefe e não sou alta e loura.). Normalmente ou calava-me ou tentava mostrar que não era assim tão simples analisar uma personalidade quanto mais com o sistema intoxicado; cada refutação minha era uma confirmação nos ouvidos delas. Não lutar contra a maré é uma lição de vida amarga mas inevitável.

Aproveito este espaço para anunciar em bold que a minha personagem preferida sempre foi o Filipe. Seguido do Miguelito e da Mafalda empatados. E depois o Gui e aqueles pobres pais neuróticos. Todos seguidos de perto por aquele gato preto que espirra e que passeia pela cidade e da tartaruga Burocracia.

O que nos traz à verdadeira razão deste post e garanto-vos que o plano inicial incluía um parágrafo e nada mais. Como todos sabem (tão sábio o meu público) o Filipe tinha uma paixão doentia pela BD particularmente pelo O cavaleiro solitário (ou solteirão como a Susaninha o chamava) e costumava passear com um chapéu de cowboy, uma pistola e com uma máscara igual à do cavaleiro solitário (uma máscara Zorro). Num desses passeios o Filipe está a sentir-se um verdadeiro cavaleiro, um herói, um cowboy... E um estúpido de um cão desata a ladrar duma varanda assustando-o. "Como é que se pode andar por aí mascarado, quando a própria coragem está de luto?" pensa enquanto arrasta os pés com o chapéu debaixo dos braços.

Pois. Ontem à noite quando regressava a casa debaixo de uma chuva irritante esbarrei com o labrador do vizinho, estendi a mão ou melhor, a ponta dos dedos que se via debaixo do casaco e deixei-o cheirar a mão e ir-se embora troteando. Continuei a andar, a sorrir e a pensar quão querido era aquele cão. Nisto avança um collie um pouco à frente do dono, sorri e o estúpido desatou a ladrar e a rosnar. Apanhei um susto e fiquei a tremer graças a uma porcaria duma Lassie. A reaccionária de Bruxelas precisa de férias.

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quinta-feira, dezembro 06, 2007

Leitura do momento

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quarta-feira, dezembro 05, 2007

Vejo que as notícias já chegaram aí

Copyright Bandeira.

A "crise belga explicada aos tótós" (apenas em francês).

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terça-feira, dezembro 04, 2007

Cochicho

Gostava só de partilhar convosco o facto de His dark materials ter sido o melhor livro "fantástico" que li até hoje.

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domingo, dezembro 02, 2007

A minha úlcera

Parece querida e tudo, não é? A úlcera é causada por um micróbio chamado Helicobacter pylori e desenvolve-se com stress, dieta e hereditariedade. Ou seja, muito boa gente anda a pavonear-se com o micróbio mas tem mais sorte que eu.

Espreitem todas as doenças e respectivos micróbios no Giantmicrobes.com

E sim, eu recebi uma úlcera igualzinha a essa ontem.