sábado, janeiro 31, 2009

Tempo de viajar

(a partir de um teclado sem acentos) Lamento mas estou a encerrar o blog "fim do mundo". Quem quiser continuar a ler-me em portugues pode seguir as minhas cronicas de viagem no site tempo de viajar/cronicas de viagem/barbara rodrigues, caso contrario, o blog em ingles ai esta com toda a energia que me e possivel. Eu tentei, a sério que tentei mas dois blogs mais as cronicas, mais preparar as aulas mais toda a confusao que sera a Tailandia no inicio... Quem sabe um dia o fim do mundo regressa, seja como for agradeço a todos os visitantes. Um abraço!

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quarta-feira, janeiro 28, 2009

Relato de Londres

(teclado sem acentos) Chove. Contudo esta mais quente do que em Bruxelas. Mais aqui.

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domingo, janeiro 25, 2009

Livros de viagem: sim ou não

Pois é, estou quase na Tailândia. É um pouco surreal mas é verdade. Estou de rastos, farta de jantares, almoços e copos de despedida, odeio caixas e malas mas de resto está tudo bem. Tratei de enviar a maioria dos livros em inglês para a escola, ao menos lá terei muito que ler em inglês. Entretanto ando a tentar escolher que livros portugueses é que levo. Têm de ser interessantes, bons, apelantes etc porque vou carregá-los até ao fim do mundo e não os posso deixar lá, afinal de contas o pessoal lá não percebe.

As hipóteses são:

  • Em nome da terra, Vergílio Ferreira. Apesar da minha já mencionada febre V.Ferreira nunca li este livro. Vantagens: tamanho e velocidade de leitura. Desvantagens: será que estou pronta para recomeçar com V. Ferreira? Parei após não sei quantos livros seguidos, se calhar era um sinal.
  • O ano da morte de Ricardo Reis, José Saramago. Vantagens: adorei o Memorial e não tenho problemas com a pontuação/escrita dos modernistas, antes pelo contrário. Desvantagens: a edição não é das melhores e não sei se sobreviverá ao suor. Consegue-se ler Saramago desbotado?
  • Doze contos peregrinos, Gabriel Garcia Marquéz. Vantagens: Saber que ainda só não gostei de um livro de Garcia Marquéz (claro que foi o primeiro). São 12 contos, posso ir lendo e serão 12 histórias diferentes. Desvantagens: os últimos três livros de G.M. que li, voaram muito depressa. Preciso de livros para um ano todo.
  • As aventuras de João Sem Medo, José Gomes Ferreira. Vantagens: ser de um dos meus autores preferidos e um dos meus livros preferidos. O formato livro de bolso. Desvantagens: entusiasmar-me com a história e achar que devo partilhá-la com os meus futuros alunos e ficar maluca com a tradução. Não queremos nenhum momento Kurtz na selva, certo?
  • A viagem do elefante, José Saramago. Vantagens: a vontade de o ler desde que soube a história. Desvantagens: Implicaria não levar o outro volume de Saramago?
  • Margarita e o Mestre, Bulgakov. Vantagens: Outro favorito pessoal, anima qualquer neura. Formato capa dura ajuda nas viagens. Desvantagens: Já o li, má edição que poderá borrar com o calor tropical. Pode alterar o meu sentido de humor num país simpático mas suscéptivel.
  • O arranca-corações, Boris Vian. Quase que coloquei este livro num altar e dei por mim a possuir várias cópias (já corrigi o erro). Vantagens: adoro. Desvantagens: adoro.
  • O livro do dessassossego, Bernardo Soares/Fernando Pessoa. Comecei a lê-lo na faculdade mas tive de o devolver antes de o terminar. Vantagens: um marco na literatura, tanto serve para poesia, filosofia como para romance. Já comecei a ler e estava a gostar. Desvantagens: o tamanho e o formato anti-viagem. Se bem que deve ser óptimo para matar baratas tropicais. Eu odeio baratas.

Já agora, caso estejam curiosos, os livros em inglés que devo levar são:

  • His dark materials, Phillip Pullman.
  • A fraction of the whole, Steve Toltz.
  • This is your brain on music, Daniel Levitin.
  • Rough guide to Thailand.
  • Rough guide to travel survival. Ensina a matar baratas tropicais.
  • Lonely Planet's guide to South-East Asia on a shoestring.

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sábado, janeiro 24, 2009

pontualidade

Se eu digo 19.30 e que o jantar é às 20h30, por que é me aparecem à frente às 16h15?

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Quarta-feira atrasada - Irish Pubs

Os pubs irlandeses estão por todo o lado, por todos os países por isso não são grande novidade. Mais para o viajante de ocasião, para o turista de fim de semana que passe por Bruxelas sugiro os seguintes:

Kitty O'Sheas - em frente à Comissão Europeia, onde até os mais selectos vão beber. Sítio ideal para se ver um jogo de futebol, para comer uma tarde de carne ou guisado irlandês à maneira (também servem refeições vegetarianas). E uma vez por mês, normalmente numa quinta-feira, há o pub quiz da Amnestia Internacional.

The wild Geese - outro bar que funciona como instituição, além de um terraço apetitoso no verão, têm um Dj ao vivo 3 noites por semana. A comida é até bastante apetitosa, sofro pelas batatas assadas (entre 6e a 8e, depende do topping).

Michael Collins - Todas as segundas há um pub quiz, mas o dinheiro vai para o bar e não para a Amnestia nem para a Unicef (sim, eles também têm um pub quiz). Tem a vantagem de ser perto da zona dos portugueses, Flagey, dá jeito para começar a noite. Fica igualmente numa esquina da Avenue Louise/Louizalaan que é basicamente a Avenida da Liberdade em Lisboa embora mais snob.

Hairy Canary - A happy hour começa às cinco da tarde, que mais posso eu dizer?

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terça-feira, janeiro 20, 2009

Leitura criminosa

Lê-se muito mais depressa do que eu esperava. Acho que o meu lado sádico esperava mais detalhes ou razões mas o livro "apenas" compila justificações de vários assassinos. De vez em quando há uma ilustração. De vez em quando soltei uma gargalhada no metro, em troca recebi olhares. Se fosse uma personagem do livro os olhares teriam sido mortos à facada ou algo assim. Eis alguns exemplos:

"ERRATA Onde se lê: Matei-a porque era minha. Leia-se: Matei-a porque não era minha."

"Negou ter-me pedido emprestado o quarto volume... Um buraco nas costelas, como aquele na prateleira."

"Foi por pura teimosia. Não custava nada para ele ter feito. Que não, não e não. Vocês não podem imaginar. Há gente assim. Mas quanto menos houver, melhor."

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sábado, janeiro 17, 2009

Para os meus amigos sádicos

O meu aquecimento está avariado. Dormi com 2 pijamas, 3 edredons e um gorro. Acordei engripada e com dores de cabeça. O técnico só vem segunda. Tinha planeado dormir o fim de semana todo... Ao menos já não está -8!

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quinta-feira, janeiro 15, 2009

Estou quase de férias

Espero que após este vídeo estejam tão contentes como eu.

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quarta-feira, janeiro 14, 2009

Especial Banda Desenhada parte 7

Hoje não há quarta-feira em Bruxelas, muito simplesmente por falta de tempo. Mas há este especial BD que estava na fase "rascunho" há semanas e que espero que compense.

Obra completa, Sempé. Não consigo escolher só um livro mas posso sugerir alguns como Rien n'est simple, Comme par hasard, Luxe, calme et volupté, Insondables mystères. Sempé é mais conhecido pela série O menino Nicolau mas as suas ilustrações encantam-me há anos. Na minha humilde opinião poucos (ou mesmo ninguém) iguala o traço ora humorístico ora maroto ora irónico de Sempé. As suas ilustrações conseguem ter o valor de uma anedota bem contada ou de uma história partilhada com amigos. Ainda estou para descobrir alguém que com tão pouco numa página consiga espelhar a infância e as diferenças caricatas entre crianças e o modo destas verem o mundo dos adultos. Para todos com sentido de humor e ironia e para quem quer (re)lembrar-se da infância. Para o filho que diz que ninguém o compreende.

Fables: legends in exile, Bill Willingham & Ian Medina. Imaginem que as personagens dos contos de fadas fossem reais e vivissem exiladas no nosso mundo. Imaginem o Lobo Mau como um detective privado que tem de conter o mau feitio de forma a não revelar o seu lado lobisomem, a Branca de Neve após um divórcio litigioso com o Príncipe Encantado (um engatatão de primeira) e o Monstro e a Bela em sessões de terapia conjugal. Tudo isto bem msturado a um homicídio nas barbas de toda a gente. Uma leitura envolvente e surpreendente. Para quem gosta de contos de fadas, para quem acha que é demasiado velho para contos de fadas.

Jacques Delwitte: Little White Jack, Max de Radiguès. Uma obra belga para variar. Um guitarrista genial anda pela rua a tocar a troco de moedas, é chamado para ajudar uma banda nova com o novo disco e os flashbacks ajudam-nos a descobrir uma carreira bem sucessida e as razões do fim da carreira. Um desenho pastoso que se destaca do traço imediato da maioria das obras actuais. Jacques é inspirado num músico de rua de Bruxelas, contudo a história é fictícia. Para gosta de música de rua, de desafios e de BDs com desenho diferente.

Je t'ai aimé comme on aime les cons (original: Te quise como sólo se quiere a los cabrones), Giménez & Fonollosa. Após o fim de uma relação, longe de ser perfeita, e após quatro anos longe da cidade natal, Miranda é obrigada a regressar a casa dos pais. Como lidar com uma mãe que parece mais destroçada do que ela, com as amigas mais do que dispostas a dizer mal do ex (mais do que Miranda até) e com as memórias boas e más da relação? Como acabar uma relação e manter o sentido de humor também era um título que funcionava. Não digo para irem já a correr oferecer um a alguém que esteja a sair de uma relação mas é para quem ao menos já namorou alguém e hoje se pergunta porquê.

Too cool to be forgotten, Alex Robinson. Se me dissessem que iria regressar ao liceu por tempo indeterminado garanto-vos que iria entrar em pânico. Pois Alex foi apenas fazer hipnose para deixar de fumar, acontece que a génese do problema, do seu vício estava precisamente no liceu. Como é que um homem de 40 anos reage ao ser enfiado para dentro do corpo de um adolescente magricela, com aparelho e borbulhas? Ainda por cima sem aviso prévio. Enquanto enfrenta medos e rufias passados o leitor tem direito a rir dos anos 80. Para quem conhece os liceus (anos 80 ou não) e não tem particularmente vontade de lá voltar.

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segunda-feira, janeiro 12, 2009

Guerras de escritório

No meu trabalho actual (o último dia é já sexta-feira!) há uma impressora por andar. Além de imprimir também “scanna” documentos para o email e fotocopia. Ou seja é muito útil e, como devem imaginar, muito concorrida. Mas a malta exagera…

Tinha mais de 60 páginas em formato pdf para imprimir, como esperar que a impressão acabe equivale a ver tinta a secar (ainda tenho de agradecer aos ingleses por esta bela expressão) fui buscar um copo de água. Quando voltei a minha impressão tinha sido cancelada. Respirei fundo e recomecei. Por volta da página 15 já estava aborrecida e fui buscar mais água. Erro fatal, já sei. Quando voltei a minha minha impressão tinha sido cancelada. Só que desta vez o criminoso ainda estava a agrafar, olhou para mim de soslaio e começou a agrafar muito depressa. Suspirei alto e voltei a carregar no botão. O criminoso começou a afastar-se rapidamente e eu, com a minha lata reconhecida mundialmente, reclamei em voz alta :

- Há um motivo pelo qual eu não estava aqui, sabe. É por achar que num escritório de adultos me iriam respeitar a impressão de 60 páginas.

- Eu…

- Não era preciso cancelar a impressão, os meus documentos também são importantes.

Estava a sentir-me imbatível. Inconscientemente tinha decidido que este criminoso iria pagar por todos os outros que ao longo deste ano me cancelaram impressões, me apagaram ficheiros da impressora, me fizeram andar km entre a minha secretária e a impressora. O criminoso olhou-me nos olhos.

- Quando cheguei cá não havia nenhuma impressão em curso. EU não cancelei nada.

Silêncio.

- Ah… Peço desculpa.

Afastou-se a passos largos e ofereci a sola do sapato à impressora. Voltei ao meu computador para relançar a impressão, agarrei no telemóvel, peguei num banco e fui sentar-me ao lado da impressora e de pernas cruzadas joguei três jogos até a impressão acabar. Num pequeno intervalo o meu chefe passou no corredor. Não me viu.

- Olá, chefe ! - gritei.

Assustou-se. Uma pequena vitória, finalmente.

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domingo, janeiro 11, 2009

Próximas paragens

Entre tentar alugar o apartamento, empacotar coisas, carregar caixotes, comprar repelente de mosquitos, uma lanterna e um filtro de água, vender móveis, livros e sabe-se lá mais o quê ainda arranjo tempo para uma visita a Londres? Palpita-me que vou chegar à Tailândia podre...

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Leitura de morte

Há meses li algures uma crítica sobre este livro e anotei o título num dos meus cadernos. Não sabia que iria demorar meses a encontrar o livro (na Madeira) nem que mal chegasse a Bruxelas o iria encontrar na versão original e com desconto. (Mas estou contente por voltar a ler em português.) Por ter passado tanto tempo não me lembro exactamente o que li que me fez querer ler o livro. Posso garantir-vos que de certeza que não tinha lido algo como "vais chorar pelo menos quatro vezes".

A rapariga que roubava livros, the book thief, vale muito a pena a leitura mas após meses de espera deixou-me com uma ligeira sensação de que a montanha pariu um rato. Não sou grande fã de histórias cuja acção decorre numa das grandes guerras, sou um bocado demasiado maricas para dizer a verdade. Contudo a contra-capa avisava-me. Digamos que a ideia de ter a Morte como narradora pareceu-me inovadora e interessante (e foi) e gosto da ideia de uma rapariga que rouba livros.

Eu não estava era a contar com uma rapariga que sofre como uma desalmada junto a personagens que sofrem desalmadamente ou que fazem sofrer. Sempre que a rapariga roubava um livro e o lia o livro parecia ganhar outro alento. As descrições da narradora por vezes pareceram-me um pouco forçadas. A vida das personagens principais rodeou-me completamente, daí o chorar quatro vezes.

Uma vez disse a um escritor português que não tinha gostado do seu livro mas que o dito cujo me tinha feito chorar e que um livro que nos movia era um livro importante. Ou algo assim, já não sei bem. Devia ter ficado calada, até devo ter ofendido o homem... Embora tenha gostado do livro não gostei de tanto sofrimento e dor. Se bem que há partes hilariantes. Leiam se puderem mas se forem tão maricas como eu sugiro verem um filme da Pixar depois.

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sexta-feira, janeiro 09, 2009

Há dias...

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quinta-feira, janeiro 08, 2009

Camaradas

"Comunismo e Nacionalismo em Portugal abre com uma história curiosa contada por André Malraux: durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), nas proximidades de Toledo, abate-se sob as tropas republicanas mais um punhado de bombas do céu que, ao contrário de tantas outras, desta vez não explodem. Surpreendidos, os republicanos descobrem-lhes no dorso uma mensagem em português – «camarada, esta bomba não explodirá» – indiciando a sabotagem dos engenhos algures na passagem de Portugal para Espanha. " Daqui.

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ligeiro atraso

Eu sei que já devia ter dito isto, não sei, para aí há uns três anos... Mas caso queiram podem fazer parte da mailing list do(s) blog(s), sei lá se não têm internet fixa, se vão a cafés, se perdem as moradas e é preciso procurar no google... Dessa forma recebem os posts no email directamente. Caso queiram basta enviar-me um mail ou dizer qualquer coisa na caixa de comentários.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Quarta-feira em Bruxelas gelada

Esta semana não tenho fotos, tive medo que a máquina congelasse como me aconteceu na Lituânia. Deixo-vos com duas boas indicações de toda a maneira:

La Canardière, rue de Stassart 17, 1050 Bruxelles. Entre dois cinemas oferece um jantar rápido e bom, ideal para quem tem uma sessão em breve. Têm 3 esparguetes: bolonhesa, queijo e fiambre e bolonhesa com queijo e fiambre (8e e 8.5e respectivamente) e 3 especiais: carbonara, pesto e pesto vermelho (não sei se é assim em português, "pesto rouge"). E têm 3 tamanhos: pequeno, médio e grande. Não costuma dizer que em equipa vencedora não se mexe? Orçamento: 20e com bebida e sobremesa (exacto, também só têm 3)

Oxfam Bookshop,

Bookshop Oxfam-Solidarité 254 chaussée d’Ixelles 1050 Ixelles ou Rue Vanderkindere, 248 - 1180 Uccle. de segunda a sexta das 10 às 18 h

Por haver duas em Bruxelas achei por bem colocar as duas. Estão fartos de livrarias com sempre os mesmos autores? Venham a uma livraria Oxfam onde há livros novos e em segunda mão (maioritariamente) e em várias línguas e onde nunca se sabe o que vamos encontrar visto dependerem de doações. Podem comprar Saul Below por 2e e Nick Hornby por 5e, o estado do livro é que dita o preço. É muito giro e é para aqui que vão a maioria dos meus livros. Mencionei que o dinheiro vai para a luta contra a fome e pobreza? Site da Oxfam.

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terça-feira, janeiro 06, 2009

Vale muito a pena!

Foi mais divertido do que pensei, fez-me ter pena de não ter crescido com um avô e entre olhares negros ao tipo na fila de trás que não parava de pontapear a minha cadeira, chorei o suficiente para ir buscar lenços. Aproveitem que os documentários não costumam ficar muito tempo.

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