Não é permitida a entrada a...

Não sei bem o que dizer, penso que as imagens falam por si, é demasiado fácil fazer piadas...

canoagem...

As famosas fotos da minha aventura na Estonia, tinham-nos prometido uma tarde relaxada a descer o rio, esqueceram-se de mencionar que eram 14 km com algumas rochas no meio que originavam alguns rápidos... claro que para 98% era a primeira vez numa canoa; foi um milagre só duas canoas terem virado! Eu na canoa com a Bernadette (Lituânia) e a Marit (Estonia).

yupe, somos nós! E felizmente não somos nós. O momento em que o barco do Guy, Karen e Pierre virou...

A água estava fria, sim. Já agora, não fui eu quem tirou as fotos, quando a Karen caíu eu estava mais para trás e desatei a remar que nem uma doida porque o grito dela foi um pouco assustador. Depois houve momentos de camaradagem com toda a gente a partilhar t-shirts e casacos ao pessoal molhado para não ficarem doentes, chuif, foi bonito.

Kaunas

Não sei se se recordam mas há uns meses quando fui a Vilnius comentei que era a cidade das igrejas (cerca de quarenta)... Pois bem, Kaunas é a cidade das esculturas (trinta e qualquer coisa). Na primeira noite fui a um concerto de uma banda francesa chamada New Jazz e claro que desatou a chover, e descobri que dançar e cantar à chuva pode causar constipações e/ou gripes... Acabei por não aproveitar muito porque tinha febre, não fui à colina das cruzes como queria, ou seja, tenho de ver agora uma forma de voltar, olha que chatice... A Lituânia continua a ter um certo encanto com o seu toque de insanidade.

O meu museu preferido foi o Museu dos Diabos, sim, leram bem, começou por brincadeira quando um artista local quis ter 13 diabos (treze era o seu número da sorte) e acabou por ter centenas. A colecção continuou após a sua morte e hoje o museu tem cerca de 2000 e tal diabos. Claro que tirei montes de fotos e estava o tempo todo a sorrir, diabolicamente, claro... O museu está bem concebido, junto de cada grupo de diabos há uma explicação e excertos de contos tradicionais onde aquela figura se enquadra, por exemplo, um diabo e uma bruxa, o diabo em forma de animais: cabras, serpentes etc. diabos que surgem para fazer partidas, principalmente em festas de casamento, o diabo e o tabaco (esta eu não conhecia) e muito mais...

Aqui temos Hitler e Staline em cima da pobre Lituânia, não dá para ver bem mas há várias caveiras, é uma excelente caricatura, suponho que andou "underground" muito tempo, não estou a ver os nossos amigos da KGB a fecharem os olhos...

Parece perfeitamente normal mas um destes copitos tinha um fundo falso para que o dono da casa não se embebedasse, hehe.

Brinquedos com o diabo, ok, malta de 1978, 79, 80, 81 e 82: reparem bem nos três bonecos que estão à direita, com pêlo preto e cara vermelha... Nós não tivemos um destes quando éramos miúdos? Tentei tirar uma foto só a esses também mas estava sempre a aparecer no reflexo. São muito queridos, espero que não tenham saído do mercado por causa da mania do politicamente correcto.

Diabices...

Jelgava - festa 20/5/06

Vamos lá ver se ponho alguma ordem nisto... Primeiro ponho algumas fotos da festa de sábado, depois as de Kaunas e a seguir algumas da canoagem que fiz na Estonia (recebi-as no fim de semana).

Poses da direita para a esquerda: Arnaud (Bélgica), Laura (Espanha), Claudia (Alemanha), Huw (Reino Unido) e Céline (França).

Anna loves me...Felizmente ninguém nos fotografou a dançar porque esta menina é tão doida como vocês acham que eu sou e nós pusemos o John Travolta a implorar por mais... ;P

A loura é a Ilze e é da Letónia, eu sempre disse que eles só precisavam de tempo ou de uns copos.

Bring a clown to work day

Recomendo a todos a nova moda local, levar um palhaço para o trabalho... Não, os ex-namorados/as não contam. ;O Este é o Arnaud, um voluntário belga que conheci no seminário da Estónia, no seu tempo livre é palhaço. O potencial para piadas é enorme, eu sei. Levei-o para uns pequenitos no meu centro e aos alunos com deficiências auditivas da minha professora de letão. Foi um dia estranho, tenho de admitir; o grande problema dos palhaços é que a dada altura não têm botão para desligar, deviam ser como os robots: ligamos quando queremos brincar e desligamos quando estamos fartos. Haverá alguma Deco circense que aceite sugestões de trabalho? E lá vou eu outra vez de fim de semana... Hoje há uma grande festa em Jelgava, é o aniversário de três doidos e alugaram um salão num hotel com sauna e tudo, a sauna já não me convence mas a festa, claro que sim! Até porque alguns começam a ir embora e um aniversário é melhor que uma festa de despedida. Depois, não sei bem como, vou domingo ás 12h para Kaunas na Lituânia. Devo voltar quarta-feira, a ver vamos. Agora vou ver se durmo que o palhaço só saiu agora da casa e eu estou podre, velha e rabujenta. beijinhos a todos!

Liepaja

Após seis horas num autocarro lá cheguei á terceira maior cidade da Letónia (desde que me disseram isso que ando a matutar... é que não faço ideia qual é a segunda!). É uma cidade á beira-mar e com um canalzinho que divide a cidade a meio e para meu desgosto cheia de actividades culturais, só Valmierda (como dizem as espanholas) é que não tem eventos... Fiquei na casa da Laura (a casa mais colorida que alguma vez vi) que fica em Karosta (kara + osta = porto naval) que é basicamente um aglomerado de prédios decadentes, uma igreja ortodoxa e uma floresta que esconde um lago incrível e outra floresta que dá acesso ao mar; Karosta é mais conhecida por ser o local das antigas fortificações russas, em 1914 quando viram que não iam conseguir parar os alemães decidiram explodir com tudo a ver se desencorajavam o desembarque alemão, claro que nada parava o exército nazi, então hoje parte da praia são ruínas que esperam que o mar as engula de vez. Mas finalmente vi o pôr-do-sol na praia na Letónia e estar rodeada de partes de escadas e paredes só deu mais efeito... Ah! Karosta é também o local para uma das "actividades" mais estranhas e extremas da Letónia, chama-se "Soviet Prison experience" e o nome não engana, as pessoas pagam para passarem a noite na antiga prisão soviética; mas a atração principal consiste de uma actuação em que os actores estão vestidos com fardas do exército soviético e os visitantes são meros prisioneiros, com direito a farda- claro que comparado ao que realmente era não é nada de especial mas há imensa gente a pagar para ser "maltratado", o garantido é que gritam imenso em russo (há uma tradutora para quem queira), têm aspecto e comportamento de maus e anda tudo em fila indiana até às celas etc http://www.sovietprison.com/

A igreja ortodoxa de Karosta.

O lago de Liepaja com um dos cisnes, o único que não voou quando chegamos. A área das fortificações que mais resistiu (a tudo, suponho). O pôr-do-sol no meio da decadência.

Parte da casa colorida.

Liepaja...

Pitoresco

Em vez das fotos do jogo de hockey e do meu chapéu, decidi pôr estas fotos - é dum senhor que estava a vender facas na estação de autocarros com a sua cadela e o seu alcóolzito. Escusado será dizer que era meio-dia e já tresandava a vinho. Não pareceu muito satisfeito quando viu a minha máquina fotográfica (eu bem que tentei disfarçar) mas correu tudo bem. Hoje vou para Liepaja, volto segunda ou terça, depende se páro em Riga antes... Bom fim de semana, visu labu! e inté!

Foclore letão

O tempo voa, não é verdade? Mal dei por mim e já estava na altura de começar a pensar na festa de encerramento do meu centro, nas últimas viagens e claro, no regresso. Para falar a verdade, acho tudo um bocado surreal; logo agora que começo a atinar com a língua e o país - ajuda estar calor e ver verde por todo o lado - começa tudo a perguntar-me se estou pronta para regressar(não, não estou) e se quero ir para casa, considerando que em Portugal sou uma sem-abrigo desempregada, nope. ;P Mas não me parece que vá ter saudades da vida super-hiper activa de Valmiera, tanto que este mês, que tem apenas dez dias, fui para Riga seis vezes. Desde quinta-feira que há o campeonato do mundo de hockey no gelo, claro que anda tudo doido, como seria de esperar, a cidade está cheia de chapeús coloridos e cornudos e, infelizmente, de buzinas... Prevendo a enchente de visitantes há espectáculos por todo o lado, o que me permitiu ouvir música tradicional e ver muitas mas muitas danças. Fiquei agradavelmente surpreendida, esperava emoção, sentimento mas não humor... Tem coisas muito giras, os palermas - bem que me podiam ter mostrado quando cheguei. Amanhã ponho algumas fotos do hockey, no fim de semana vou até Liepaja, fica do outro lado do país, à beira-mar, hmmmm.

Tallinn

Finalmente conheci a capital da Estónia, à terceira foi de vez! Mas valeu a pena a espera, é uma cidade encantadora, toda catita dentro das suas muralhas medievais; a parte moderna fica para lá das muralhas e respira-se um ar cosmopolita - muito devido á influência da Finlândia e da Suécia que muito visitam a Estónia - e apesar de ser a mais pequena das três capitais dos Bálticos tem muito que se lhe diga. Vou tentar voltar em Junho antes do regresso a Portugal. Ai que está quase... Reparem nas muralhas, claro que com o bom tempo vem toda a gente para a rua mas não se pode ter tudo. Infelizmente. Na ruazinha em frente há uma loja de produtos tugas, muitos vinhos, azeite, café delta, sumos Compal... Lá tive eu de comprar duas garrafitas, olha que chatice!... Mas já contribuí para o PIB nacional e para o turismo, os estões (?) com quem jantei adoraram. Entrada do museu da cidade. A catedral ortodoxa ao fundo...

Seminário na Estónia

Voltei, voltei... Fiquei fora mais tempo do que tinha previsto mas valeu a pena. Agora só me apetecia seis meses na Estonia e seis meses na Lituânia. Vinte e três doidos numa tentativa de um mapa da Europa... Cantigas à volta da fogueira, o que vale é que estávamos no meio do mato e não havia vizinhos.