Especial Banda Desenhada parte 7
Hoje não há quarta-feira em Bruxelas, muito simplesmente por falta de tempo. Mas há este especial BD que estava na fase "rascunho" há semanas e que espero que compense.
Fables: legends in exile, Bill Willingham & Ian Medina. Imaginem que as personagens dos contos de fadas fossem reais e vivissem exiladas no nosso mundo. Imaginem o Lobo Mau como um detective privado que tem de conter o mau feitio de forma a não revelar o seu lado lobisomem, a Branca de Neve após um divórcio litigioso com o Príncipe Encantado (um engatatão de primeira) e o Monstro e a Bela em sessões de terapia conjugal. Tudo isto bem msturado a um homicídio nas barbas de toda a gente. Uma leitura envolvente e surpreendente. Para quem gosta de contos de fadas, para quem acha que é demasiado velho para contos de fadas. Jacques Delwitte: Little White Jack, Max de Radiguès. Uma obra belga para variar. Um guitarrista genial anda pela rua a tocar a troco de moedas, é chamado para ajudar uma banda nova com o novo disco e os flashbacks ajudam-nos a descobrir uma carreira bem sucessida e as razões do fim da carreira. Um desenho pastoso que se destaca do traço imediato da maioria das obras actuais. Jacques é inspirado num músico de rua de Bruxelas, contudo a história é fictícia. Para gosta de música de rua, de desafios e de BDs com desenho diferente. Je t'ai aimé comme on aime les cons (original: Te quise como sólo se quiere a los cabrones), Giménez & Fonollosa. Após o fim de uma relação, longe de ser perfeita, e após quatro anos longe da cidade natal, Miranda é obrigada a regressar a casa dos pais. Como lidar com uma mãe que parece mais destroçada do que ela, com as amigas mais do que dispostas a dizer mal do ex (mais do que Miranda até) e com as memórias boas e más da relação? Como acabar uma relação e manter o sentido de humor também era um título que funcionava. Não digo para irem já a correr oferecer um a alguém que esteja a sair de uma relação mas é para quem ao menos já namorou alguém e hoje se pergunta porquê. Too cool to be forgotten, Alex Robinson. Se me dissessem que iria regressar ao liceu por tempo indeterminado garanto-vos que iria entrar em pânico. Pois Alex foi apenas fazer hipnose para deixar de fumar, acontece que a génese do problema, do seu vício estava precisamente no liceu. Como é que um homem de 40 anos reage ao ser enfiado para dentro do corpo de um adolescente magricela, com aparelho e borbulhas? Ainda por cima sem aviso prévio. Enquanto enfrenta medos e rufias passados o leitor tem direito a rir dos anos 80. Para quem conhece os liceus (anos 80 ou não) e não tem particularmente vontade de lá voltar.
Etiquetas: arte, BD, Bélgica, biografias, Bruxelas., cartoons, Leitura, livros, musica, psicos, quarta-feira em Bruxelas, revivalismo
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