sexta-feira, maio 30, 2008

Esta semana de concertos

Uma das razões pela qual estou podre e só penso em ir dormir deve-se a dois concertos muito bons e muito diferentes. O primeiro foi dos Vampire Weekend que segundo apurei estão com data marcada no Porto. A primeira vez que ouvi a banda o baterista chamou-me logo à atenção, na segunda música foram as excentridades vocais que me surpreenderam, agora adoro como tudo isso se mistura com uma guitarrinha à la Paul Simon e arranjos à la Peter Gabriel. O único senão é que o primeiro álbum foi lançado este ano e ainda não têm muitas músicas logo o concerto foi um pouco curto. Anteontem (mas quem foi o palerma que marcou isto para o meio da semana?) fui ver os Flogging Molly: três guitarras, uma bateria, um baixo, um violino/ uma flauta, um acordeão e um público verdadeiramente selvagem. Estou moída e não mexo bem o pescoço (foi tão difícil ir trabalhar). Em termos de energia bem podem competir com os Gogol Bordello mas este público era bem mais maluco, mas super simpático: quando o vocalista mandou o Cromwell para o ******* toda a gente ofereceu um manguito solidário - foi bonito e acho que nunca verei tantos para o resto dos meus dias.

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quinta-feira, maio 29, 2008

Até estava a gostar

Esta manhã deixei o livro no autocarro; ainda nem passei do primeiro capítulo. Não tenho desculpas mas era cedo e ontem fui a um concerto punk rock...

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terça-feira, maio 27, 2008

O que eu aprendi numa só reunião

A grande merda da democracia é que por vezes temos de alinhar com ideias estúpidas só porque a maioria está de acordo.

domingo, maio 25, 2008

Música belga pt III - os flamengos

Desculpem a demora mas com a morte do meu portátil era impossível continuar a falar sobre a música belga (ou qualquer outra); entretanto um disco rígido e 130euros depois recuperei o meu computador mas dos 12 gigas de música só me restam 100 megas. Prevejo muitas horas a passar cds para o portátil...

Deixo-vos com os músicos flamengos, como por todo o lado muitos cantam em inglês mas não todos. E sim, adivinharam, os wallons não os conhecem...

Essence ism Princezz'I - Kevin.

Eva de Roovere - Over & weer.

Flip Kowlier- elicopter.

Het Zesde Metaal - Peis je nog aan mie.

Atenção: os últimos três cantam e escrevem num dialecto particular.

Raymond van het Groenewoud - Vlaanderen boven. (espécie de hino à Flandres, as imagens ajudam a seguir o texto, acho eu).

Zornick feat Tom Helsen - hey girl.

Tom Helsen - Easy.

Caso à parte: Axelle Red. É flamenga mas canta em francês motivo pelo qual muitos pensam ser wallona, os flamengos fazem questão de corrigir atempadamente. Devia estar na categoria "belga" mas visto que só descobri que era flamenga depois da sua publicação decidi deixá-la com os flamengos. Canção: "Je t'attends".

Mais música belga: wallons e belgas.

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quinta-feira, maio 22, 2008

Depois eu é que sou maluca

Há mais de um ano partilhei aqui as minhas aventuras e desventuras no aeroporto de Bruxelas por causa de um chicote, na altura recebi imensas piadas mas o assunto lá morreu. Esta manhã descobri que existe um guia Indiana Jones com imagens: Pergunto-me se a minha instructora de Kung-fu aceita a sugestões... e já agora, quem é que é maluco o suficiente para aprender a lidar com um chicote sem camisa, não sabem que aquilo magoa? Esta gente droga-se!

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quarta-feira, maio 21, 2008

Está quase!

Daqui a nada acabo de ver a série dois, ena ena! Há um filme antes da terceira série, episódios na web como extras da quarta e última série e já se fala num novo filme. Eu não disse que isto era mau para a minha vida social?

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terça-feira, maio 20, 2008

Especial Iraque com toques Monty Pyton

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segunda-feira, maio 19, 2008

Especial banda desenhada PT 3

Hoje o especial dedica-se aos "realistas", não no sentido literal mas em termos de desenho, e às vezes em termo de histórias também. Alguns autores acompanham-me há alguns anos, outros descobri-os em Bruxelas (já mencionei que já não tenho espaço para os livros de BD?), todos tocam no que é ser "adulto" mesmo que tenham muito pouco em comum. Mesmo uma história de fantasia pode ser extremamente realista, ora vejamos...

José Carlos Fernandes, Alguém desarruma estas rosas. Apesar de também gostar muito do seu Lou Velvet- Abaixo de cão, este continua a ser o meu preferido. Dizer que são contos/histórias passadas para formato BD é limitar o trabalho de Fernandes, sim, transpôs um conto de Garcia Marquez, outro de Carver, outro de Bradbury entre outros mas a verdade é que José Carlos Fernandes deu uma outra vida, uma outra luz às histórias. Outro ponto interessante são as canções transpostas para BD, há músicas que contam histórias e outras que convidam a imaginar cenários e neste volume temos ambas em formato BD. Esta colectânea de estórias é encantadora e incapaz de deixar alguém indiferente, seja pelo desenho simples mas cuidado ou pelo olhar triste e profundo das personagens. Mal regresse a Portugal vou procurar outras obras do autor peço-vos que não as comprem todas sff. Recomendo entusiasticamente. Para amantes de histórias, de traço simples e de boas covers.

Jirô Taniguchi, O homem que caminha. Admito que foi difícil escolher entre O homem que caminha (não encontrei uma imagem da capa portuguesa) e O diário do meu pai, mas já dizia um ingénuo lisboeta: "não há amor como o primeiro". Longe dos estereótipos europeus sobre as mangas Jiro Taniguchi é um fenómeno de vendas não só por ser talentoso e original mas por ser dotado de uma sensibilidade extrema. Este pequeno volume acompanha a personagem principal pelos seus passeios pela cidade, enquanto passeia o cão, enquanto observa a cidade e os seus pensamentos. Dizer que é um livro sobre um homem que caminha pode parecer simples mas Taniguchi consegue mostrar-nos toda uma cidade e toda uma vida a cada página quase que nos permitindo caminhar lado a lado com as suas personagens. Ocasionalmente algo na rua ou num jardim desperta uma memória, um pensamento e o leitor envolve-se ainda mais nos quadradinhos a preto e branco. Recomendo vivamente. Para os curiosos sobre a cultura oriental, para quem acha que mangas são o Kill Bill em papel.

Le grand mort- tome I: Larmes d'abeille, Jean-Blaise Djian et Régis Loisel. (A grande morte, tomo I: lágrimas de abelha) O primeiro tomo de uma nova aventura épica de um dos nomes mais importantes da BD francófona, Régis Loisel. Famoso por estas bandas pelas séries La Quête de l'Oiseau du Temps (a busca ao pássaro do tempo) e pela sua transposição à BD de Peter Pan, Loisel não tem nada a provar mas continua a surpreender. O cenário é de tal forma ambicioso que foram precisos oito colaboradores mas a aposta valeu a pena, cada página está repleta de imagens belas, coloridas e super detalhadas. A história, pelo menos neste primeiro tomo, é sobre um jovem negro (raro nas BDs) com acesso a um mundo mágico e com uma missão a cumprir e uma jovem francesa que só quer paz e sossego para estudar para os exames finais, ambos vão ter de descobrir se existe ou não uma forma de quebrar a profecia e voltar para o mundo que conhecem. Não tem personagens tão ricas como o Bone mas compensa com os cenários. Recomendo a cores, para quem se quer deleitar com os cenários e para quem não resiste a uma boa história épica.

Chicken with plums, Marjane Satrapi. Devido ao sucesso mundial de Persepolis (BD e filme) este pequeno volume pode passar despercebido injustamente. Desde que comprei o livro há uns meses que tenho feito um esforço para melhorar a minha técnica de vendas, visto que: "é sobre um homem destroçado pelo fim da sua música que decide pedir a Deus para morrer" não resulta muito bem. Chicken with plums é mais sobre a vida do que sobre a morte e não é sobre suícidio mas sim sobre enfrentar desgostos, as nossas famílias e as suas idiosincrasias e como encontrar forças para continuar quando o que mais amamos na vida está fora do nosso alcance. Repleto de pequenos detalhes que nos abrem as portas sobre a vida e a cultura do Irão e de um sentido de humor inesperado, esta pérola é um estudo em quadradinhos sobre a natureza humana. Recomendo sem limitações, para fãs de Persepolis, Mafalda e de personagens humanos.

Dans la peau d'un jeune homo(na pele de um jovem homosexual), Hugues Barthe.
Um adolescente de 14 anos descobre a sua sexualidade e não consegue enfrentar o facto de que é homosexual. Mas será mesmo? Afinal de contas o professor de matemática que todos os alunos juram ser homosexual tem uma namorada e o intructor de judo não parece mas é... O livro está estruturado como um guia e em parte como um falso guia, por um lado segue os passos de um adolescente inseguro e com medo de enfrentar os pais e os amigos mas por outro goza com a situação: todas as vezes que o jovem se tenta convencer que é hetero o autor omnipresente mostra-nos por A + B que não é bem assim. Bastante realista na descrição do "coming out" este pequeno volume não tem medo de gozar consigo próprio. Para jovens e adultos, excelente para famílias com sentido de humor.

Vou tentar ter a parte 4 pronta a tempo do dia da criança; yep, o próximo especial é para os petizes (se bem que eu tenho quase todos os volumes que menciono).

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domingo, maio 18, 2008

Isto promete...

(teclado sem acentos) Hoje fui correr com dois colegas do trabalho que também participam nos 20km; quinze minutos depois perdi-os de vista e fiquei a correr sozinha, durante uma hora. Atravessei a floresta e segui com o lago do meu lado esquerdo, sabia que mal acabasse de contornar o lago teria acesso a estrada principal onde faria os ultimos nove km, enfim, o plano era perfeito... Corri uma hora e a merda do lago nunca mais acabava, ao ver a mesma carrinha de gelados duas vezes apercebi-me que estava a correr num circulo feita toto. Entretanto os meus colegas estavam quase na meta. O que vale e que domingo terei 25 mil pessoas para seguir.

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sexta-feira, maio 16, 2008

Gato escaldado...

Há três meses a minha empresa enviou um email cheio de mensagens subliminares e haikus satânicos cujo significado podia ser alterado em frente a um espelho e eu acabei por me inscrever para correr já dia 25 (!) nos 20km de Bruxelas, a ideia é correr pelos "medecins du monde" e a empresa fará um donativo - esperemos que significativo.

Há um mês convenceram-me - com chocolates - a ajudar a organizar um evento num parque de atracções.

Ontem o meu chefe falou-me da "Marche de la mort" - caminhada da morte. Apesar de já ser quase nove da noite e de só pensar em ir para casa prestei muita atenção e não fui enganada. Ao que parece dia 8 de Agosto em Anvers (Flandres) decorre a infame caminhada da morte. E porquê o nome pomposo? São 100km, repito, 100km a andar sem parar; o tempo médio são 22 horas. Estes belgas são doidos!

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quinta-feira, maio 15, 2008

Intermitências

A actualização do blog será irregular até acabar de ver a série completa. E os extras. E comprar a segunda e terceira séries...

Ando há ano e meio a ler em sites americanos comentários sobre a série e há meses a ouvir um casal amigo que estão viciados, a minha irmã e cunhado que têm mais de vinte séries para ver já estão na segunda série e eu decidi ver um episódio e ver como corria. Pelo amor à vossa vida social não vejam isto.

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quarta-feira, maio 14, 2008

Leitura e inveja do momento

Estes dois malucos foram de London a New York de mota. Atravessaram a Europa, a Mongolia, a Rússia; sobreviveram à mafia ucraniana, às "estradas" do Cazaquistão mas quase morreram numa estrada canadiana. Tirando alguns detalhes como ver passar uma aranha do tamanho de um prato a milímetros da perna enquanto se faz chichi, ou não tomar banho durante dias e cenas afim, a viagem parece-me perfeitamente invejável.

"Before we knew it we had crossed the border to Belgium and arrived in Brussels (...) Not the city of Euro bureaucrats and dusty bourgeois burghers it is often said to be, it was far trendier than expected, like the more laid back quarters of Paris fifteen years ago, with lots of bars and crowds of young people eating outside. We wandered along narrow streets, tree-lined avenues and across pretty squares, soaking up the atmosphere, listening to buskers and street performers (...)" P.59-60

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terça-feira, maio 13, 2008

Soube tão bem

Não fiz nada este fim de semana.

sexta-feira, maio 09, 2008

Bom fim de semana!

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quinta-feira, maio 08, 2008

Luxemburgo (capital)

Longe da sua imagem de albergue de portugueses e de burocratas europeus, a capital luxemburguesa está repleta de eventos culturais, animação e vida. A cidade mistura o antigo e o novo a história e o futuro espelhado dos arranha céus, mas mistura separando. Na cidade antiga todos os edifícios respeitam a arquitectura e a burocracia tem o seu próprio quarteirão, o quarteirão europeu; gosto de pensar que o presidente da câmara teve um momento raro de frescura mental e adivinhou que os seus eleitores não iriam gostar muito da ideia de uma nova Bruxelas (não esquecer que Bruxelas tem 1 milhão de habitantes enquanto que todo o Luxemburgo nem chega a metade) e decidiu criar um guetto. O guetto da União Europeia até pode ser muito simpático e bonito mas fugi de cada placa como o diabo da cruz. Já mencionei que o álcool não tem impostos nenhuns? Comprei Vinho e aguardente por 17 euros...

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quarta-feira, maio 07, 2008

Vianden

Nos 85kms do Luxemburgo há castelos para todos os gostos, na vila de Vianden há um castelo no topo de uma colina e toda uma atmosfera calma e limpa com as quatro ou cinco ruazinhas a oferecerem promessas medievais. Não é tão turística como se esperaria desde que evitem olhar para as referências "Victor Hugo" (o escritor viveu em Vianden aquando do seu exílio) que incluem uma casa-museu kitch , a rua Victor Hugo (cerca de 200 metros de comprimento), o hotel Victor Hugo, o restaurante Victor Hugo e o restaurante Victor Hugo... Naturalmente começou a chover a meio da minha subida. Se bem que podia ter sido pior, mal saímos do carro apanhamos granizo, imaginem os pobres coitados que estavam no teleférico na altura.

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segunda-feira, maio 05, 2008

O Luxemburgo (país e capital)

não é de todo o que eu esperava.

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domingo, maio 04, 2008

Leitura atlântica

Resumindo muito mal há um livro escrito praticamente em código repleto de cones, triângulos e símbolos, uma sociedade secreta com raízes em Atlântida, um soldado americano da primeira grande guerra que não sabe se foi roubado ou elucidado e um inglês que se esforça demasiado com uma irmã feia mas tenaz.

Uma das frases que mais uso para descrever o Boris Vian resume-se a prever que no futuro não voltarão a ler algo como "aquilo" e no segundo capítulo do Masters of Atlantis já pensava assim de Charles Portis, embora os dois escritores não sejam, de todo, comparáveis.

Ainda não sei se o livro é pura insanidade, alegoria ou crítica mordaz com todos os seus estudiosos obcecados, leitores que vêem sinais a cada frase mas que nunca chegam a acordo sobre o seu significado e com membros da ordem de Atlântida a querer levar a informação (a mesma sobre a qual ninguém tem a certeza) ao povo americano de qualquer forma possível: anúncios no jornal, entrevistas na rádio... Uma ideia já seguida pela cientologia que oferece massagens na feira do livro.

As personagens de Portis são cómicas de tão genuínas com um bêbado Popper a convencer o Grande Mestre a concorrer para o senado americano, o criado negro a fingir ser analfabeto com sotaque do sul quando lhe convém e com a inocência digna de um professor de arqueologia do mestre a ser levado por toda a gente ou a agarrar-se a uma promessa de filho pródigo. Todos têm a sua interpretação do livro secreto mesmo os que não o leram, nesse aspecto acredito que Portis poderia escrever sobre o que quisesse que seria levado a sério de tão realista.

Posso emprestar a minha cópia.

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quinta-feira, maio 01, 2008

Bruxelas de malas feitas

Desde ontem que a capital belga está numa euforia de fim de semana. No trabalho entravam senhores e senhoras de fato e mala atrás; no centro as lojas anunciavam o fecho de quatro dias com um sorriso sacana; no regresso a casa as conversas no eléctrico resumiam-se a destinos de fim de semana ou a um sorriso resignado dos que ficam; pelo fim do dia já havia confusão no trânsito, quase todos os carros tinham malas ou sacos no banco de trás; o comboio directo para Londres tem umas viagens extra e eu pergunto-me se os ladrões também vão de férias ou ficam a aproveitar o sossego.

Vou até ao Luxemburgo daqui a nada, volto domingo. E sim, tranco a porta.