sexta-feira, setembro 28, 2007

Bélgica: uma explicação possível. (V)

A não ser que tenham mais questões espero terminar os meus posts sobre a Bélgica, pelo menos por enquanto. Mas deixo-vos com alguns factos e afins que aprendi ao longo do meu primeiro ano:

Os transportes no centro são eficientes, muito bem interligados mas há linhas em que só um santo tem paciência. O eléctrico 55 fora do centro é prova que o diabo existe; apanhava-o diariamente no meu trabalho anterior e jurei para nunca mais, até recusei ver um apartamento que pela descrição era fantástico porque o transporte mais próximo era o 55. Esta semana os novos eléctricos começaram a circular, são silenciosos, enormes e confortáveis. E gabam-se de forma pouco discreta de contribuir para a não emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.

A vida cultural é um perigo, todas as semanas há imensas coisas e nunca consigo ir a tudo. Os concertos são baratos com a excepção do Bob Dylan e do Caetano Veloso (60e e 40e respectivamente quando nunca paguei mais de 20 aqui) Há imensos bares e como os restaurantes há bares de toda a parte do mundo. As discotecas conheço menos mas sei que há várias e de diferente géneros musicais.

Este site diz que a Bélgica não existe.

Os Belgas consideram-se um povo satisfeito com o trabalho e com a vida, na mentalidade belga trabalhar muito durante anos é compensado com uma boa reforma e viagens. Por outro lado, são um bocado mimados, muitos esperam sempre receber um carro da empresa entre outras vantagens.

O país está repleto de banda desenhada. Nem os belgas sabem explicar de onde vem este talento. É um pouco como o nosso fado, faz parte da história, mesmo os que não gostam conhecem um autor ou outro e os estrangeiros adoram.

Quem gosta de comer e de beber não só está bem na Bélgica como terá conversas animadas com os "nativos".

Há novas cervejas a serem vendidas todos os meses.

Sim, as coisas são, em geral, mais caras que em Portugal mas também há coisas mais baratas. Há muita oferta de lojas e produtos e isso ajuda muito. Há imensas lojas de produtos biológicos desde roupa para bebés sem químicos a fruta fresca. Posso optar entre embalagens verdes para quase todos os meus produtos e electricidade de energia eólica em vez de fábricas.

Como cada freguesia cobra os seus próprios impostos há discrepâncias ridículas entre freguesias vizinhas, isso nota-se, por exemplo, com a frequência do carro de recolha do lixo.

Uma coisa que até hoje me surpreende num país supostamente pequeno é a extensão das ruas e avenidas. Aviso seriamente aos futuros visitantes que quando um belga diz que "é num instante" não vão andar menos de 25 minutos.

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