sábado, junho 24, 2006

O regresso

De volta a Valmiera, semi-exausta e já a fazer as malas para voltar a Lisboa - já não vou dia 26 mas não me atraso muito; vou segunda de manhã para Amsterdão e de lá para Bruxelas para ver a minha mana, devo ficar só dois ou três dias e depois parto para Barcelona e no fim Lisboa. Mal apanhe uma caixa multibanco tuga reactivo o número da TMN... Quando começarem a chover toques é que estou de volta, agora têm mais do que tempo para fugir, hum? ;P Vou tentar relatar o máximo que poder porque, como devem calcular, não vou estar online na estrada (faz lembrar um anúncio hi-fi...). Começamos com Moscovo: É uma cidade cheia de surpresas, enorme e estranha (mas no bom sentido). Uma vez lá não há dúvida nenhuma que estamos no maior país do mundo e as minhas pernas podem confirmar; usamos o metro sempre que possível (acho que no email contei que tinha mais de 230 km) mas mesmo assim andamos que nem doidos. Após 13 horas de autocarro ( na primeira hora o condutor ia a "curtir" Punjabi AC ou MC que eu nunca sei... o curtir está entre aspas porque eu acho humanamente impossível curtir aquilo.) lá chegamos a Mosvovo, estava a chover e eram 10h da matina, sofremos um bocado na estação porque não percebíamos nada e uma velhota (tenho uma sina qualquer com velhotas!) tentou enganar-nos, após caminharmos até ao metro tudo mudou e o resto da estadia foi agradável. Ficamos na casa duma russa do Hospitality club (http://www.hospitalityclub.org/) que ficava longe do centro, a rapariga parecia normal mas nitidamente não batia bem, resumindo, andava sempre eléctrica e pronta para uma festa, (ora nós após caminhar o dia todo queríamos era dormir), na segunda noite deu uma festa lá em casa, imensa gente a fumar haxixe e marijuana e a beber shots de tequilla, eu já nem sabia onde me sentar ou com quem falar, conheci um ou dois russos interessantes e cheios de histórias para contar - todos falavam inglês, 4 em 6 falavam espanhol e uma francês - e aproveitei para fazer montes de perguntas que isto de só ouvir falar de um país através de estrangeiros não é bom; durante toda a noite bebi um único copo de sangria (que os espanhóis fizeram) muito sinceramente porque estava o tempo todo preocupada com o momento em que aquilo ia dar para o torto e, claro que deu, pelas seis da manhã conseguiram estragar/incendiar o frigorífico. Exacto, o frigorífico. Um francês amigo da russa decidiu apagar as luzes da cozinha e usar apenas velas (yeah, pensei o mesmo) e pôs umas quantas em cima do frigorífico onde havia um pano (ai) e papéis (ai, ai)... quando a vela caíu ficou tudo maluco e claro que como estavam mais para lá do que para cá não souberam reagir, tentaram apagar com panos mas sem os molhar e só gritavam, felizmente a Laura estava lá e soube "comandá-los", eu estava já deitada no chão no meu saco-cama quando senti o cheiro... Mal apagaram o fogo o francês e um russo (na verdade tártaro) desataram aos pulos a cantar The Doors. :-S Uma coisa que os interessados em visitar a Rússia devem saber é que aquela malta não anda, voa! Nós tínhamos que correr para acompanhar a Masha e ela dizia que ia mais devagar por nossa causa e sempre que díziamos que estávamos cansados desatava a andar mais depressa, a lógica é chegar ao sítio mais depressa mas por pouco não perdemos pelo caminho um espanhol, uma austríaca e uma portuguesa...

Parte da Praça Vermelha, muito maior e mais bonita do que na tv.

O museu da segunda guerra mundial.

Uma lojita catita.

Etiquetas: , ,

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial