segunda-feira, novembro 05, 2007

Bolinhas: a união faz a força

Há dias perguntaram-me se havia mais portugueses na empresa. Claro que há. De certeza que há um Santos, um Silva, uma Mendes, uma Baptista escondido/a no meio da maquinaria das empresas multinacionais a picar o ponto como qualquer Smith, Frampton e Robinson.

Existe um fenómeno que me escapa. Ok, existem vários fenómenos que não compreendo mas neste momento preocupa-me uma certa união de estranhos que tenho testemunhado ao longo destes dois anos pela Europa fora. Gostaria mesmo muito de saber se existe um radar ou algo do género que faz com que uma nacionalidade encontre a mesma nacionalidade num edifício de 700 pessoas, por exemplo.

Os ingleses (ingleses, não os britânicos) parecem sempre reconhecer-se a milhas e pior, preferir a presença de outros ingleses a pessoas com as quais poderiam ter muito mais que falar. Os flamengos parecem cheirar à distância se determinado franciú é francês ou belga enquanto que eu mesmo depois de saber a nacionalidade continuo só a distinguir o francês de um e do outro através de uma ou outra expressão e só depois estar bem acordada (depois do almoço normalmente). Os franceses e os espanhóis também parecem padecer do mesmo mal. E não nos iludamos que os portugueses não são muito diferentes, aqui o Petit Portugal mais parece uma edição longa do Ponto de encontro.

Faz-me lembrar quando tinha sete ou oito anos e brincava com a sopa, costumava entreter-me a unir as bolinhas de gordura com a colher; uma unia-se à outra sucessivamente até formarem uma bola enorme. Nunca fizeram isso?

Talvez no dia em que me disseram que não se fazia isso à mesa tenha perdido o radar, não sei. Só sei que os únicos portugueses que conheço cá são os senhores do restaurante que me mata as saudades de vez em quando; desconfio que não sabem como me chamo.

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2 Comentários:

Às 12:20 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Well, I have no idea what you're talking about there, but it all looks very interesting ;-)

 
Às 8:38 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

It was very clear to me. I agree with the generalism re O Ingleses. I have managaed to avoid any contact with Brits let alone English. Due the the randomness of hearing two american accents in Arlon in nearby Belgium's Carrefore I spoke to them and the bloke was born in Wales. Hi to both of you. I had a music news paper, a newspaper with Mafalda in and I have a Letzbuerger supermarket brouchure with a whole Tuga section, I don't look for this stuff just pops up and think it will be up your street, but couldn't post it as no address for you. Bj's a os duas.

 

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