segunda-feira, julho 31, 2006

Pausa criativa.

Após concluir que afinal "o fim do mundo" era em qualquer lugar do mundo sem papel higiénico perfumado decidi meter baixa cerebral; não me peçam para pensar, opinar, ler, decidir ou escrever. Estou de regresso a terras lusas, a terras perdidas em telenovelas, música sem tom, Simão Sabrosa e o seu valente pontapé no rabo, cuecas fio dental, descontos e saldos de artigos que nem um defeito ajudava a vender, concursos televisivos sem explicação para emigrantes, merda de cão ao lado do ingénuo caixote para cães que a câmara tão simpaticamente nos fez pagar, lojas dos trezentos que passaram a um euro a serem dos chineses, teorias, hipóteses, esperanças para mudar o mundo enquanto se coça o testículo esquerdo do vizinho e se escarra para o chão e um calor que não mata quem devia matar. Muitos já devem saber que quero voltar a sair do país, emigrar, fugir, escapar enquanto posso, passear, conhecer, aprender etc. nem eu sei muito bem, como disse um amigo meu, isto de ficar a olhar para o relógio e achar que o ponteiro é mesmo muito lento tem mais de excesso de vodka do quotidiano do que se julga. E afinal o que quer isto dizer? Que parece que anda toda uma geração á espera duma resposta, duma ideia, dum despertar que ninguém sabe donde virá ou se sequer virá? Mas essa geração é a primeira a não cair em tangas, em desenrrascanços e a dizer que se calhar até sabe o que deve fazer para pôr isto tudo a mexer, isto tudo mas não nós próprios. Admito que estou um bocado na lua e que daqui a quinze minutos sou capaz de discordar de tudo o que acabei de escrever e que espero não reler mas com papel higiénico feito à medida do Diário de notícias em dia de fogo florestal, o que podia esperar, sinceramente? Quem foi o sábio que disse que para os que estão nos 20-30 anos de idade a vida muitas vezes parece um eterno zapping de madrugada? "Até há coisas engraçadas, paramos por fim numa trampa qualquer mas após duas semanas a ir para a cama ao amanhecer sem nada sem ser cansaço interrogamo-nos se não será assim o resto das nossas vidas." Consideremos agora que a pausa criativa do blog terminou. Pensemos nisto durante alguns momentos, chegamos a alguma conclusão? Eu não chego a lugar nenhum e se a hepatice C se apanha em qualquer país, por que raio não sei para onde ir?

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