sábado, abril 21, 2007

A lucidez de um alcoolico genial

"Todo este disparate quotidiano destroçou-me de tal modo que, desde aquele dia, nunca mais estive sóbrio. Não que o tenha estado antes, mas em todo o caso lembrava-me do que tinha bebido e em que sequência. Agora, nem disso me recordo. Tudo são altos e baixos, tudo na minha vida se divide entre altos e baixos: ora não bebo durante uma semana, ora bebo durante quarenta dias seguidos, ora não bebo novamente por quatro dias, ora bebo durante mais seis meses sem respirar." P.43

"Venitchka, quando te deste conta, pela primeira vez, de que és parvo? Quando ouvi em simultâneo duas acusações diametralmente opostas: chato e frívolo. Porque se uma pessoa é inteligente e chata não se deixa cair na frivolidade. Mas se é frívola e inteligente, não se dá ao luxo de ser chata. Porém eu, trouxa, soube combiná-las." P. 46

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