intertextualidade
O jornal Metro belga cita o... Correio da manhã. Num pequeníssimo artigo intitulado "Une nette majorité des Portugais favorable à l'avortement" fiquei a saber que cerca de 61% dos meus conterrâneos é a favor do aborto. Claro que 43,2% pertencem à abstenção mas enfim. Naturalmente fiquei surpreendida até que vi que a sondagem pertencia ao Correio da manhã. E sabem por que razão fiquei surpreendida? Porque há dias li no Público online que o patriarca de Lisboa(claro que a imitar o Papa mas eu a esse já nem ligo) chamava a esses mesmos 61% de terroristas.
Eu como emigrante não poderei votar no referendo de dia 11 de Fevereiro - isso é outra discussão - e gostava muito de poder votar, primeiro porque tenho uma opinião (aparentemente sou a favor do terrorismo?) e acho que cada voto conta, afinal de contas sou da Madeira e sinto isso a cada eleição, e porque se dia 11 tiver frio ou chuva a taxa de preguiçosos vai decidir algo para o meu país mais uma vez. Não sei de onde veio a moda de achar que o que irrita mais os políticos é o facto de ninguém ir votar, pode até ser, minha gente, mas quem leva com o espeto no cu e a maçã na boca somos nós. Seja um referendo ou eleições para a presidência do conselho directivo duma escola (piscadela de olho à la West Wing) o voto conta porque nós contamos e não somos tapetes de ninguém.
Se o parágrafo anterior não irritar a malta que me tem irritado a mim ultimamente, o blog mudará drasticamente de "o fim do mundo" para "o mundo f*d*d*". Tenho dito.
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