sábado, dezembro 16, 2006

Só nos filmes... e na minha vida.

Espero que este post sirva de redenção pela ausência, ao que parece a Leo não tinha nada para fazer no trabalho (surpresa, surpresa...) e a culpa é minha. Ó minha doida, e estes links todos?? Hein? Só as religiões e os vícios são horas de trabalho, horas.

Ok, então ontem fui à minha primeira reunião na Amnistia internacional. Inscrevi-me como voluntária num grupo aqui em Bruxelas para English-speakers visto estar mais à vontade com o inglês do que com o francês.

A reunião era às oito da noite. Às sete cheguei à estação de metro indicada. Dez minutos depois deixou de correr tudo bem.

A estação é em frente à Comissão Europeia. (Claro que a primeira vez que passo em frente ao sítio não tenho a máquina fotográfica...). Perguntei a dois motoristas onde ficava a rua e apesar de não saberem se estava aberto (não percebi o que estaria aberto ou não) sugeriram-me subir umas escadas e ir por outra rua. Ao subir as escadas vejo dois tanques, várias carrinhas da polícia, arame farpado e dois militares. Comecei logo a rir e a pensar "fixe..." Perguntei como podia ir à tal rua. A minha pergunta pareceu-me muito simples, se há um obstáculo eu quero saber como o ultrapassar mas nada é simples para a super-polícia. Perguntaram-me se tinha um passe, por que razão queria passar ali e mais não sei o quê. Acabei por perguntar por que era preciso um passe para ir a uma rua. Imediatamente tentaram ver se a coisa corria melhor em inglês. Não correu. Repetiram as perguntas todas até que eu suspirei, respirei fundo e expliquei quase em câmara lenta que queria ir a tal rua e que aquele era o único caminho que conhecia, visto que não era possível passar seria fantástico se me pudessem indicar outro caminho. O polícia mau perdeu a paciência e pediu-me para repetir o nome da rua. Visto nenhum reconhecer, avisei-os que tinha um mapa no bolso e que o ia tirar. Ponho a mão no bolso e ambos põem uma mão na espingarda. Naturalmente fingi não reparar. Claro que a merda do papel não apareceu. Esvaziei os bolsos; tinha dois bloquinhos na mão, um mp-3, o telefone, uma caneta e ainda estava à procura, quando o polícia mau repara na capa de um dos blocos. Convém explicar que o comprei em Oslo porque achei uma boa piada e que nunca me teria ocorrido um polícia impaciente em Bruxelas... Bom, basicamente o bloco é um gozo às capas da National Geographic. É a National Pornographic e o artigo de capa é "The psychology of the orgasm". Exacto. O tipo tira-me o bloco da mão e pergunta se aquilo não era o mapa e ainda a rir mostra ao colega. Mal recuperei o bloco tentei o outro bolso e reparei que um operador de câmara estava a filmar na minha direcção. Virei as costas, achei o papel e suspirei de alívio. O mau foi à carrinha perguntar o caminho e o polícia simpático ficou a vigiar-me. Pouco depois estava a afastar-me (de forma a ver se a minha cara não aparecia na televisão) e dei uma volta de 45 minutos para chegar à tal rua. Todos os passeios tinham arame farpado e carrinhas estacionadas.

O mais importante é que cheguei a horas à reunião.

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