segunda-feira, abril 30, 2007

Amsterdam

Mal saí da estação de comboios percebi por que razão o meu mapita tinha na secção frases úteis "cuidado com os ciclistas!", nunca vi tanta bicicleta na vida como em Amsterdão. Parecia cena de filme quando esperava pelo sinal verde e via passar um ou dois autocarros, um táxi e dezenas e dezenas de bicicletas. Outras frases úteis incluiam muitos serviços sexuais e termos relativos a drogas leves. Por sorte ou não chegamos na altura da celebração do aniversário da rainha, ou seja, a cidade estava repleta, só se via roupa, balões e bandeiras laranjas e havia imensa animação. Para jantar quis experimentar comida típica holandesa; o que é que me calhou? Sopa de ervilhas com bacon e umas bolinhas de carne suspeitas. Mas em Roma, sê romano e acabei por descobrir que sopa de ervilhas com bacon funciona tão bem como o nosso caldo verde e as bolinhas de carne lembram rissóis caseiros. Claro que uma (ou duas) Heinekens ajudam sempre. O sorriso pode dever-se 1) ao ranger de dentes que o casal à minha direita estava a causar 2) a um dia bem passado numa cidade bem animada 3) à sensação de finalmente passear de barco pelos canais de Amsterdão como sempre quis ou 4) à quantidade de erva que cheirei pelas ruas. Para quem puder/quiser recomendo o museu Van Gogh e o Rijksmuseum onde pude ver quadros do Vermeer, do Rembrandt e de outros artistas holandeses (e chamem-me burra e cegueta mas não fazia ideia que o aeroporto de Amsterdão Schipol tem um museu lá dentro, uma sucursal do Rijksmuseum.) Claro que também recomendo um passeio de barco pelos canais, a única coisa que não consegui ver foi a casa da Anne Frank mas apenas porque tinha uma fila descomunal. Quanto ao red district após em plena hora de almoço ter visto duas senhoras semi-nuas - e nem por isso atraentes - numa montra (para quem não sabe, para além das prostitutas de rua Amsterdão é famosa por ter montras de prostituição onde uma ou mais mulheres se passeiam em roupa interior à espera dos clientes. Ao lado da montra há uma luzinha florescente vermelha. Durante a noite essa é praticamente a única luz da zona, daí o nome.) fiquei sem vontade de me passear pela zona. Quanto às sex-shops, como a loja de souvenirs mais comum incluí errrm... material sexualmente explícito não achei muito necessário. O mais giro foi que ao regressar a Bruxelas pela madrugada adentro descobri o red distrit belga, o comboio passa precisamente por cima das montrinhas e deu para ver perfeitamente várias prostitutas em roupa interior, umas dançavam, uma abriu a porta para um cliente e claro que havia imensos homens no passeio. A luz vermelha era tão forte que não era preciso acender as luzes da rua. Eu fui a única na carruagem inteira que se espantou com a descoberta. Ao que parece era a única estrangeira em Bruxelas a não saber do red distrit. Eu já conheço a zona das sex-shops, como é que ia adivinhar estas modernices todas?

Etiquetas: , ,

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial