No fim do mundo...: The Veils

A minha única objecção em assistir uma das minhas bandas preferidas ao vivo? O raio do concerto ser durante a semana. Mas quem é que marca concertos para uma segunda-feira?? Ao contrário do concerto dos Cold War Kids não tenho muito a dizer, muito simplesmente porque foi demasiado bom. Sim, custou imenso acordar de manhã mas valeu a pena. Os The veils surpreenderam pelo rock 'n roll. Eu esperava um concerto mais calmo e com mais baladas e fui hipnotizada pelas guitarras (especialmente nas versões de "Jesus for the jugular", "Pan" e "Not yet") e pela energia. O público belga que é bem mais calmo que o que eu estou habituada em Portugal (ou do que eu quero num concerto assim tão bom) recusou-se a ir embora e fez barulho até ter não poder. Momento da noite? "Jesus for the jugular", baterista e guitarrista sincronizados (yupe, adivinharam, não mexo o pescoço como deve ser desde segunda à noite). Surpresa da noite? A força do vocalista, nunca a frase "you're nothing but a child" pareceu tão triste e zangada. Atingiu-nos cheia de desprezo e dor. Foi uma entrega emocional estranha mas pessoalmente adoro sentir que a banda/artista se estão a entregar. Contraste da noite? O vocalista, baterista e teclista a transpirar como doidos, cansados mas sorridentes. A baixista e o guitarrista estavam calmos e serenos, apenas um ou outro cabelo fora do sítio.