segunda-feira, junho 30, 2008

Pergunta:

- Na Bélgica onde é que se podem fazer passeios de barco com fatos de macaco?

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sexta-feira, junho 27, 2008

BD especial

Não, não é mais um dos meus especiais BD mas sim uma BD especial. Juntamente com a série Bone e Blankets (ambos mencionados no meu primeiro especial BD) este ano tem sido magnífico para minhas leituras de BD.
Y: The last man é uma BD de ficção científica e suspense cheia de humor. Por um motivo ainda desconhecido uma praga (da natureza ou criada pelo Homem) matou todos os mamíferos com o cromossoma Y, em alguns segundos todo o ser masculino do planeta morreu. Excepto o jovem Yorrick e o seu macaco de estimação. O mundo dá uma volta no seu próprio eixo no meio da confusão, poucos exércitos tinham mulheres no serviço, 97% do poder político estava nas mãos de homens, 96% dos bombeiros, 71% dos polícias mas 51% dos trabalhadores agricultores sobreviveram etc Com as mulheres a habituarem-se aos novos poderes, liberdades, ansiedades, responsabilidades e a lidarem não só com o luto mas tambem com a síndrome de sobrevivente, Yorick tenta não ser descoberto por um grupo de Amazonas modernas que acham que a praga foi uma benção de Deus e viajar até à Austrália para encontrar a sua namorada. Temos o fim iminente da raça humana (mesmo os bancos de esperma não sobreviveram), mulheres republicanas a atacarem a Casa Branca com espingardas e duas israelitas convencidas que a praga foi um ataque dos inimigos e que há que se proteger e atacar primeiro. Yorick vê-se no meio de muita confusão e tem algumas das frases mais cómicas de toda a BD. Esta banda desenhada é tão interessante (de uma forma preocupante) como a série Battlestar Gallactica. Um perigo.

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quinta-feira, junho 26, 2008

Trim trim

Durante o almoço passei numa loja de desporto e comprei uma campaínha para a bicicleta. Ao voltar ao escritório agi como qualquer adulto, escondi-me atrás de uma colega e toquei a campaínha. Todo o andar ouviu a campaínha, é claro. Mas todo o prédio ouviu os palavrões que ela cuspiu na minha direcção. Admitam, se não fosse eu aquela malta já estava toda em estado avançado de decomposição.

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quarta-feira, junho 25, 2008

A minha dona vai à Índia em Setembro!

E quem é que me vai dar atum durante essas duas semanas, hmm?

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terça-feira, junho 24, 2008

Aposto que nunca ninguém a tinha chamado...

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segunda-feira, junho 23, 2008

Foda-se.

E morreu o George Carlin. O homem que foi preso por dizer sete palavrões. Que pisou a linha inúmeras vezes. Que disse palavrões simplesmente porque queria quebrar tabus, porque não queriam que o fizesse. Um compincha.

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Importa-se de repetir?

Eu disse:

- Encomendas livros pela internet sem pagar portes de envio.

http://www.bookdepository.co.uk/

Pena que não sabia disto na semana passada quando encomendei 20 livros BD pela Amazon, cujos portes de envio são verdadeiramente criminosos.

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E quando me aborreço demora a passar

Cartoon Fim do Mundo II.

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domingo, junho 22, 2008

Eu aborreço-me muito facilmente

Cartoon Fim do mundo I.

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sábado, junho 21, 2008

You tube culture

Depois do vídeo dos U2 como hino supremo à música e à cultura pop, surge o "pork and beans" dos Weezer com um vídeo que só passa ao lado de quem não conhece o You Tube.

E porque eu adoro este vídeo, aqui fica o "window in the sky":

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O pormenor

Eu não sabia que a greve dos camionistas tinha afectado o mercado livreiro e até fiquei contente por ver que há leitores desesperados por ler Borges e Saramago. É algo que não se vê todos os dias. Mas o que gostei mesmo neste post da livraria Trama foi a última frase, é um detalhe, dirão. Pode até ser mas é um belo detalhe.

"Devido à recente greve que paralisou camiões por todo o país encontram-se, neste momento, esgotados vários volumes de Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, as obras completas de Jorge Luis Borges e variadíssimos títulos dos mais conceituados autores. Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago, já não está disponível em nenhuma livraria do país, bem como o enorme volume de poesia de Garcia Llorca editado pela Relógio D'Água.

Vários livreiros têm vindo a manifestar-se na blogoesfera acerca desta surpreendente corrida à literatura, possivelmente causada pelo receio de que, devido a este bloqueio, as livrarias deixem de ter livros.

Apesar de este movimento ter abrandado consideravelmente enquanto decorria o jogo da selecção nacional estamos neste momento de porta aberta para que todos os leitores desesperados possam assegurar a aquisição de obras fundamentais para as suas existências.

(Temos ainda para venda duas garrafas de whisky, uma garrafa de Porto e três Sagres.)" Daqui.

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O meu nível de Kung-fu

A ver aqui.

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sexta-feira, junho 20, 2008

Há dúvidas por que amo o Jon Stewart?

Vejam o Jon Stewart a analisar as primeiras imagens dos primeiros casamentos gay na Califórnia.

Ao que parece a Califórnia pertence agora à lista de países prestes a desaparecer de vez, assim profetizam os fundamentalistas cristãos.

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Vista da minha cozinha ontem à tarde

Nada como viver em Bruxelas para ter "exclusivos" em todas as manifs...

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O Maio de 68 flamengo I

Em 1968 Leuven (Louvain para os wallons) tinha uma das duas universidades mais importantes da Flandres (a outra fica em Gent/Gand) mas por razões que me escapam as aulas eram em francês e não era permitido tê-las em neerlandês. Influenciados pelo Maio de 68 os estudantes flamengos insurgiram-se contra a discriminação e como resultado passamos a ter a Katholieke Universiteit Leuven e a Université Catholique de Louvain.

Disto desta forma até parece um acontecimento banal mas não é bem assim, a Katholieke Universiteit ficou em Leuven, na Flandres, e a Université Catholique teve de ser construída de raíz... na Wallonie (começou a ser construída em 1969). E no fim ficam a 30km de distância. Criou-se a vila Louvain-la-neuve (nome super original, eu sei) que começou a ser habitada em 1972.

O mais giro nesta história é que a biblioteca também sofreu: de A - M está tudo em Leuven e de M a Z os livros estao na Wallonie. Estes belgas são doidos!

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quinta-feira, junho 19, 2008

Kung fu

Como alguns de vocês não fazem a mínima ideia do que ando a treinar decidi dar uma ajudinha, na verdade, é um bocado como fazer a tropa em francês: corro, salto, faço flexões, abdominais, levo com pontapés e socos (só depois é que me disseram que devia desviar-me) e grito; ontem tive um rapaz às costas - literalmente às costas - e em vez de me dizerem "ok, agora podes pô-lo no chão devagarinho" tive de fazer flexões de pernas com ele às costas e isto era ainda só o aquecimento. No treino usamos armas pela primeira vez. Se isto não é a tropa eu não sei o que é... Um pouco depois do primeiro minuto aparece uma rapariga com um pau enorme, nós fazemos algo muito semelhante. A qualidade deste vídeo deixa muito a desejar mas tirando a parte de partir tijolos é o que eu estou a fazer.

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quarta-feira, junho 18, 2008

Mistérios da chefia

Alguém me sabe explicar por que razão uma mulher super bem sucedida, pessoalmente e professionalmente, trata os empregados do sexo masculino muito bem e até com simpatia e às empregadas apenas com o professionalismo obrigatório? Antes de começar a trabalhar já tinha ouvido falar destas mulheres que ressentem ou competem com outras mulheres mas é a primeira vez que me cruzo com uma. Comigo é professional e agradável mas com o resto das minhas colegas utiliza um simpático a roçar o desgaste, um tom de conversa que deixa passar muitas entrelinhas, estão a ver o género? Ok, só tive uma reunião a sós com a senhora em questão, pode ser que na segunda reunião (que é já para a semana) o tratamento mude. Eu preciso que esta reunião corra bem para poder ir à Índia com dias de férias que me faltam (ou seja vou pedir 5 dias não pagos), conselhos são mais do que bem-vindos! Não sei se já tinha mencionado mas vou à Índia em Setembro, só ainda não sei se vou uma ou duas semanas, tudo depende da senhora que ao que parece é super querida com os empregados e convida-os para almoçar fora e demora uma semana para me responder a um email, mas não estou com inveja. Nem chateada. Népias.

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terça-feira, junho 17, 2008

A Bélgica é perfeita para cartoonistas

Lembram-se de há dias ter mencionado a disputa entre flamengos e wallons sobre as três terrinhas (os três porquinhos)? Pois bem, como a história está longe de terminar o cartoonista Kroll pensou numa solução possível: um túnel. O solo continua a ser da Flandres mas os wallons passam por baixo e continuam a lá morar. Piadas à parte, esta solução faz muito mais sentido do que as propostas apresentadas pelos partidos.

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segunda-feira, junho 16, 2008

Bicicleta de apartamento pequeno

domingo, junho 15, 2008

Especial BD online 1

American Elf.
Porque nem toda a gente põe dinheiro de lado para encomendar vinte livros de BD na Amazon, sugiro os seguintes sites de webcomics:

Savage Chickens, Doug Savage - Pessoalmente não sei o que seria da minha vida profissional sem estas galinhas magníficas. Não há tema sagrado, não há limites para estas galinhas. Vou ao site todos os dias, nos dias maus várias vezes ao dia. Os temas variam entre reflexões sobre a vida laboral, idiosincrasias do ser humano em particular do geek. Para fans de Garfield, de Freud, de Bone.

Cyanide and happiness, Kris - Humor negro e pura estupidez fazem desta BD o sucesso indie dos webcomics, o desenho se é que podemos chamar-lhe isso lembra o início inovador do Paint mas faz parte do charme e do encanto. Para fans de Savage Chickens, White Ninja e de Kids.

American Elf, James Kochalka - Todos os dias Kochalka desenha uma nova tira sobre os eventos do dia, pensamentos e ideias, é como ler o blog de alguém mas em formato BD. O que torna este trabalho mais interessante é que Kochalka desenha os humanos como elfos, o cão como um robot etc Para quem gosta de blogs, de diários e de Mad about you.

Haunted Comic, Joshua Smeaton-A premissa é simples: vários adolescentes aventuram-se numa casa abandonada na noite de Halloween e a festa afinal não era bem o que estavam à espera. O início é bem mais interessante do que eu estava à espera seguindo as diferentes personagens pelo liceu. No mesmo site podem ler também o diário de Josh, inspirado pelo diário de James Kochalka. Para leitores de Buffy, My dead girlfriend e American Elf.

Bodyworld, Dash Shaw-Shaw é mais conhecido pelo seu livro The mother's mouth mas este ano decidiu aventurar-se pela internet, bodyworld é actualizado cada quinta-feira e até agora a história ainda está na fase de descoberta, sabemos apenas que se passa no futuro, numa escola, com um homem estranho que experimenta todo o tipo de drogas para uma enciclopédia. Para admiradores de indie, ficção futurista e de design.

Fetus-X, Eric Millikin -Humor extremamente negro e cheio de falta de gosto. Algumas tiras têm o bonus de nos fazer sentir que estamos a abrandar para ver um acidente de carro. Para além de tiras há quadros muito interessantes feitos de colagens de um pouco de tudo. Os temas variam entre profanidades, ocultismo, sexo, violência, comunismo, homosexualidade etc tudo com falta de gosto. Para fans de Rob Zombie, Anne Rice, Chopping Block e I luv halloween.

Questionable content, Jeph Jacques -

Outro sucesso indie (de tal forma que o autor faz destas tiras a sua profissão) cuja accão se desenrola entre as aventuras amorosas das personagens, entre comentários sobre música indie e piadas sobre sexo e diferentes partes do corpo humano. Para fans de The L word, Grey's anatomy e Woody Allen.

Os conhecidos:

Garfield, Jim Davis - O gato que não precisa de apresentações tem um super arquivo (todas as tiras estão disponíveis online, décadas de tiras para curtir) perfeito para perder horas e acabar a sorrir. Para quem gosta de ironia e sarcasmo, de comer, dormir e não trabalhar.

Dilbert, Scott Adams- Qualquer pessoa que já trabalhou num escritório percebe estas tiras perfeitamente, mesmo que não goste (como eu). Suponho que às vezes estas tiras são demasiado hmmm reais. Para fans de sarcasmo e de cubículos.

Calvin & Hobbes, Bill Watterson - Um dos meus preferidos e a segunda BD que gostaria de ver numa tournée de reunião (sendo a primeira a Mafalda). Para aceder ao arquivo desta maravilha basta clicar no calendário, depois basta deixar a imaginação do Calvin invadir-nos e sorrir com as sacanices. Para fans de irreverência, sarcasmo e tigres selvagens.

Para mais é favor acompanhar a evolução dos links (secção BD e religiões respectivamente) e ler este guia sobre o mesmo tema. Se conhecem outro webcomic decente ou indecente digam.

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Concertos da semana

Isobel Campbell & Mark Lanegan:

Se há quatro ou cinco anos me dissessem que o vocalista dos Screaming Trees, que cantou com o Kurt Cobain(e influenciou o disco/concerto Nirvana Unplugged in NY) e com os Queen of the stone age e que tem uma voz quase tão notória e estranha como o Tom Waits iria gravar dois discos com um membro dos Belle & Sebastian eu - depois de soltar uma gargalhada - perguntaria se o Lanegan tinha voltado a beber. Mas o duo imprevisível está aí com dois discos brilhantes e estranhos. No concerto Mark disse duas palavras ao público ("thank you") e Isobel sorriu quatro vezes; musicalmente não falharam uma nota, não se atrasaram um segundo e deixaram o público hipnotizado.

Come on over (turn me on).

Back burner.

The flame that burns.

The Handsome Family: Admiro a música e as letras deste duo de marido e mulher há cerca de dois anos e devido aos temas que variam entre incesto, alcoolismo, morte, a burrice dos americanos, trabalhos aborrecidos, homicídio e a estranheza da vida animal esperava um concerto mais sério e sombrio contudo a banda não parou de conversar com o público e de fazer piadas. O concerto foi numa sala de teatro com mesas e cadeiras de bar com bebidas disponíveis, foi perfeito. No fim Rennie Sparks puxou da mala de viagem e de joelhos no chão vendeu cds, t-shirts e posters, tudo entre cervejas e conversas com os fãs.

When that helicopter comes.

My sister's tiny hands.

Down in the ground.

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sábado, junho 14, 2008

Tenho nitidamente um problema

Encomendei mais de vinte livros BD online e a minha lista ainda não acabou.

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Pimp my blog

O site Paint that shit gold ajuda-vos a criar grafittis noutros sites, blogs e afins; se criarem um para o Fim do mundo enviem-mo e publico-o por mais indecente que seja. Eis a minha primeira tentativa (I'm no Banksy): Parecendo ou não o site está a promover o novo álbum dos Atmosphere...

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quinta-feira, junho 12, 2008

Sumário

Este fim de semana aprendi a andar de bicicleta. Sim, eu sei que estamos no século XXI e que já tenho 26 anos mas só aprendi este sábado. Quando era miúda (7, 8 anos?) o meu pai comprou-me uma mini-BTT e ensinou-me a andar, um ou dois dias depois de tirar as rodinhas roubaram-me a bicicleta, nunca mais voltei a andar. E o mito urbano de que nunca se esquece é falso; completamente falso: tive de aprender do zero e ao princípio foi muito frustrante. Desde sábado andei 3 vezes e apesar de já ter tido alguns problemas com postes, árvores e um buraco (não se desviam, os cabrões) ainda não caí. Estou lentamente a dominar as curvas mas ainda não me atrevo a subir ou descer passeios - só ando no parque - mas já descobri que o que gosto mais é descer uma colina ou um terreno cheio de lama com lombas, o que é muito prometedor. Para a semana compro um capacete e luvas porque tenho a certeza que vou precisar. Quem sabe se daqui a um mês não vou para o trabalho de bicicleta, hmm? Temos ciclovias, parking para as bicicletas, duche no primeiro andar (nunca se sabe) e poderia dormir mais 10m. No século XXI, aos 26 anos a minha vida avança conforme a quantidade de sono e de tempo morto no sofá que disponho. Bestial.

sexta-feira, junho 06, 2008

Comovente

Quando tiverem um momento (e se forem como eu, um lenço) espreitem as tiras de BD que o artista Coco Wang está a fazer sobre o terramoto na China. Ao que parece o governo transmite 24/7 notícias de sobreviventes, do avanço dos voluntários etc Wang decidiu partilhar as estórias com o resto do mundo. Muitas são comoventes, outras engraçadas como a do senhor que ao ser salvo por uma equipa russa (deve ter sido a primeira vez que viu tanto olho azul) exclamou: - Este terramoto foi mesmo forte!! Acordei noutra terra!

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quinta-feira, junho 05, 2008

Deus e o sofrimento

Por James Wood, no The New Yorker.

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quarta-feira, junho 04, 2008

As subtilezas belgas

Este cartoon do artista Kroll exemplifica perfeitamente a situação na periferia de Bruxelas. Não sei se se lembram mas Bruxelas tecnicamente pertence à Flandres, basta ver no mapa como dizem os flamengos; contudo é uma região à parte, não só é a única parte bilingue do país como a nível de votos tem muito que se lhe diga. Ora quando há eleições Bruxelas e a sua periferia contam como uma única área, a Flandres como outra e a Wallonie como outra; contudo há três terrinhas na periferia bruxelense que apesar de estarem na Flandres, apesar de estarem rodeadas de flamengos são maioritariamente wallonas. O que é que isto quer dizer? Que se for a Linkebeek (e vale a pena só pelo melhor restaurante Thai na Bélgica) vou falar francês e que se sair dois metros da terrinha tenho de falar flamengo. Os flamengos andam há anos a lutar por estas três terrinhas, sobretudo nos anos mais recentes, ao ponto de ao fim de seis meses de negociações não se podia formar governo porque os flamengos insistiam que estas três vilas começassem a contar para as eleições flamengas e os wallons não podiam ceder porque praticamente só há wallons nas três vilas.

Como o cartoon ilustra as três vilas - os três porquinhos - não se vão deixar apanhar pelo lobo mau - os flamengos- isto é quase poético. Quase. E como é que os flamengos reagem? Um pouco como o Cavaco Silva quando acha que esta a ser modesto, ignoram pura e simplesmente e continuam a insistir no mesmo ponto. Em contra-partida na Wallonie também há três vilas que só falam flamengo e lá há menos sarilho mas há sarilho na mesma. Para evitar que esta situação se repita os flamengos impuseram a regra que para comprar casa ou terreno na Flandres é preciso ou falar flamengo ou provar intenção de o fazer (incrição numa escola, por exemplo), a União Europeia diz que isso é discriminar e não pode ser, os flamengos dizem que não têm medo do lobo mau da comissão... Como disse, isto é quase poético ou épico ou estúpido, já não sei.

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terça-feira, junho 03, 2008

A ver se não perco este no autocarro

Primeira frase: "Ten days after the war ended, my sister Laura drove a car off a bridge."

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segunda-feira, junho 02, 2008

Especial Banda desenhada Pt 4.5 - (update)

(A partir de um computador sem acentos)
Nao sei como foi possivel mas esqueci-me de mencionar o seguinte:
Kyoteru, Tome 1 : Enfant de l'ombre, Jee-Yun Jung. A crianca da sombra relata o treino dificil de um pequeno ninja - por mais que se esforce continua a ser o pior da turma - e da relacao dificil com a familia cujas nocoes de honra e de disciplina assustam e intimidam o jovem Kyoteru. Ja aqui falei de Jung (ver especial BD 1) que relatou de forma fria os problemas da sua adopcao belga num livro a preto e branco e desenho a carvao por isso e natural que estejam espantados, eu tambem nao quis creer tratar-se do mesmo desenhador, Kyoteru esta cheio de detalhes vivos e de pequenos mimos para conhecedores da cultura ninja e prova que Jung tem um repertorio vasto e completo. Apesar de ter outras obras do autor este continua a ser o meu preferido. Para amantes da cultura ninja, para rapazes magricelas. Dos 7 aos 14.

relata

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domingo, junho 01, 2008

Especial banda desenhada pt 4 - crianças

Porque hoje é o dia da criança este especial é dedicado aos mais novos, mas não só, eu pessoalmente li todos os livros mencionados e tenho a maioria à espera da minha estante nova. Como imagino que não conhecem as obras tento indicar o mercado, ou seja, para que idades costumam vender embora haja claramente diferenças entre as idades alvo da editora e o público que compra (por exemplo, os primeiros dois cá são lidos por adultos sem preconceitos).

Jojo, André Geerts. Esta fofura de nome Jojo anda na primeira classe e vive com a avó (que faz panquecas todas as tardes) no campo e através de travessuras, de momentos animados e outros mais sérios mostra-nos como foi - ou podia ter sido- divertido ser criança. Geerts consegue mostrar-nos perfeitamente o mundo de uma criança desde o ser castigado por um professor injustamente, a ter de fazer o trabalho de casa quando está um perfeito dia de sol lá fora, a querer a todo o custo um cão até às possibilidades infinitas de brincar numa tarde de verão. Foi uma das primeiras BDs que li em Bruxelas e continuo a achar o Jojo uma das coisas mais adoráveis que já li. Só para crianças? Tenho colegas que compram para os sobrinhos só para poderem ler... Normalmente para o mercado dos 5 aos 9 anos. Recomendo altamente a fofice, até porque acho que os adultos beneficiariam muito mais da magia que os miúdos.

Kid Paddle, Midam. Kid é um miúdo aparentemente normal, adora jogos de computador e irritar a irmã mais velha, contudo, tem uma imaginação demasiado fértil, funde frequentemente os dois mundos: o real e o dos jogos; tortura as bonecas da irmã com experiências científicas (mete-as no microondas, na canalização, corta-lhes membros etc); imagina que o pai - um vendedor de seguros magricelas - é um agente secreto, cinturão negro em vinte mil artes marciais que pode dar cabo do pessoal do Macdonnalds quando este esgota o stock de brinquedos; juntamente com dois amigos inventa formas de não pagar no salão de jogos etc Lê livros de ciência apenas para ter todos os dados para a próxima tortura a um brinquedo da irmã; tem o quarto cheio de monstros que impressionam o estômago mais forte e um professor de matemática que utiliza balas em vez de litros de leite... Normalmente para o mercado dos 9 aos 14 anos. Excelente para rapazes de qualquer idade, para raparigas que não gostam da Barbie e para as que querem provas que os rapazes são parvos. Para os adultos com imaginação e sentido de humor.

Agathe Sangrenu, Vernay & Zabus. Agathe tem seis anos, é diabética e tem mau feitio. Decide contactar o mundo dos monstros porque não tem paciência para as colegas da escola e porque se considera feia; o seu gato Trevor segue-a apesar de ser o segundo gato mais maricas que já vi (o primeiro é o da minha tia). Juntos descobrem que existem vários tipos de monstros: os bons, os maus, os estúpidos, os muito estúpidos, os ingénuos e um sem cara. No mundo dos monstros o Trevor e a Agathe falam a mesma língua e os comentários mais cáusticos e divertidos são os do gato que detesta aventuras e só quer voltar para casa. Normalmente para o mercado dos 6 aos 8 anos. Para miúdas de mau feitio e para quem gosta de monstros.

Bom dia, menino Pai Natal, Robin & Trondheim. Esta BD sem qualquer fala e com desenhos super animados e descritivos segue um dia na vida do Pai Natal, na sua casa, na fábrica de brinquedos e por todo o Pólo Norte. Devido à falta de material o Pai Natal e os seus ajudantes inventaram um sistema de usar lixo como combustível mas ficaram sem lixo no Pólo Norte... Todos os ajudantes: bonecos de neve, diabretes, elfos, penguins e Yéyé, o monstrinho ajudam o Pai Natal a visitar uma cidade grande para recolher lixo. Uma ideia simples, divertida e pedagógica. Para toda a gente a partir dos 3 anos. Não é preciso gostar do Natal.

Brigade fantome, Pedrosa & Chauvel. Um resumo muito simples seria comparar o filme Caça-fantasmas a este tomo da Brigada fantasma mas tirando a ligação fantasmas a chatear o mundo dos vivos mas não há mais pontos em comum. Um guerreiro pré-histórico com fobia a micróbios, uma serpente sensível, um chinês que só pensa em comer, uma africana temperamental e um miúdo francês a habituar-se ao facto de estar morto são a brigada fantasma cheia de truques e improvisação para separar os dois mundos. Dos 6 aos 11 anos.

Ernest & Rebecca, Bianco & Dalena. Rebecca tem seis anos e um sistema imunitário péssimo, está sempre doente mas não está disposta a ser ajuizada: vai brincar para a rua apesar da chuva, vai de fato de banho caçar sapos e dificulta a vida do médico o mais que pode. Um dia durante a caça aos sapos apanha um micróbio chamado Ernest. Ernest pode mudar de forma e tamanho e não tem papas na língua, perfeito para a pequena Rebecca cujos pais não páram de discutir. A irmã mais velha ou está fechada no quarto ou fala ao telefone mas a Rebecca adora-a na mesma. Quase tão adorável como o Jojo, para crianças dos 6 aos 10.

(Não achei imagem, lamento) A missão h...orrível- uma aventura da minhoca Tropicalda, Pedro Massano. Um clássico português à frente do seu tempo, publicada em 1987 a minhoca Tropicalda defende o ambiente e as boas maneiras. Uma nave em forma de arranha-céus invade o paraíso da minhoca Tropicalda (que tem uma série de tunéis e galerias subterrâneas) e destrói tudo num raio de 10kms, ainda por cima a nave vem cheia de monstros felpudos, estúpidos e sim, adivinharam, porcos. Tropicalda apareceu-me à frente em 2003 e continuo orgulhosa dos monstros portugueses de Massano. A partir dos 6 anos até aos 14.

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