quarta-feira, janeiro 31, 2007

O que é que uma mesa e uma canoa têm em comum?

A minha parte preferida da minha mesa nova é lembrar-me o que custou carregá-la três andares. A melhor parte da mudança? Estar de cócoras a empurrar a caixa de 38 kilos com toda a força (a que me restava) e ouvir a minha amiga perguntar:

- Mas tu estás a empurrar?? A caixa não se mexe.

Foi assim que vimos que a caixa estava presa num dos degraus...

Na Estónia tive uma parecida, fomos descer o rio de barco (Éramos três tripulantes, uma da Estónia, outra da Lituânia e eu.) e a jovem lituana decidiu que 14 km de água eram suficientes então paramos o barco para a ida "à casa de banho". Eu e a Marik não nos atrevemos a mexer um único músculo, o barco estava inclinadíssimo (a Marik tinha o rabo dentro de água) e a água estava com 5 graus apetitosos. O barco ficou preso na lama e nos juncos mas apenas da parte da frente porque de resto ao mínimo movimento nosso ora caíamos para a esquerda ora caíamos para a direita... A Bernadette regressa, empurra o barco e senta-se. Eu e a Marik desatamos a remar. E remamos... remamos... e não saíamos do lugar. Coordenamos esforços e o máximo que conseguimos foi um belo par de gritos cada vez que o barco ameaçava virar-se. (Lembro-me que falamos em ler Three men on a boat.) Eu e a Marik tentamos equilibrar a coisa com cada uma a empurrar em direcções opostas. A Bernadette decidiu empurrar com o remo... nada. (Quer dizer, mais uns gritos.) A Bernadette que não sabia nadar - outra preocupação- pediu-nos para não gritarmos. Calmamente eu e a Marik explicamos que gritar era bom sinal, que se uma de nós parasse de dizer piadas ou naquele caso de gritar era porque íamos atirar a toalha. Tentei aproximar-me da Bernadette para empurrar, havia tanta água na canoa que escorreguei e quase virava o barco. Nem tive tempo de gritar. Só ouvi a Marik (que continuava com água até ao rabo) a suspirar:

- oh, não interessa. Para quê? Virem o barco. Eu saio aqui, já estou ensopada e gelada, não faz mal. Não me importo..."

Não sei muito bem se isto nos foi dirigido ou se foi um desabafo mas preocupou-me. Decidi tomar conta da situação. Falei com autoridade e o plano parecia que ia resultar. Peguei em dois remos e juntamente com a Bernadette comecei a empurrar. Empurrei com toda a força. E a merda do barco não se mexia. A Bernadette que continuava de costas para mim pergunta:

- Estás a empurrar?

Eu desatei a rir e pousei os remos. A Marik afirmou que sim, que conseguia ver-me a tremer e tudo. Continuei a rir. A Bernadette sai do barco (água gelada pelos joelhos) empurra-o cheia de raiva e caminha até nós, entra no barco sem o virar e diz:

- Pronto. Agora vamos embora que eu nunca mais entro num barco na minha vida.

Perdi contacto com ambas mas sempre que vejo o Three men on a boat numa livraria penso naqueles 14km e muitas vezes tenho de afastar-me porque tenho um ataque de riso sozinha.

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terça-feira, janeiro 30, 2007

Ainda o "sim" dia 11

Através do blog Da Literatura, cheguei ao vídeo dos Gato Fedorento.

A vigésima nona vaga

Os Oscars são já dia 25. Quantas frases reconhecem no trailer?

A Hilary Clinton já está pronta para a luta.

O Projecto Gutenberg já está disponível em português.

"I want to live my next life backwards:You start out dead and get that out of the way.Then you wake up in an old age home feeling better every day. Then you get kicked out for being too healthy.Enjoy your retirement and collect your pension.Then when you start work, you buy a mansion on your first day.You work 40 years until you're too young to work.You get ready for High School: drink alcohol, party, and you're generally promiscuous.Then you go to primary school, you become a kid, you play, and you have no responsibilities.Then you become a baby, and then... You spend your last 9 months floating peacefully in luxury, in spa-like conditions - central heating, room service on tap, and then...You finish off as an orgasm." texto daqui.

A melhor maneira de começar a semana?

domingo, janeiro 28, 2007

Ainda e sempre o revivalismo

RETURN TO INNOCENCE

Love - Devotion

Feeling - Emotion

Don't be afraid to be weak

Don't be too proud to be strong

Just look into your heart my friend

That will be the return to yourself

The return to innocence.

If you want, then start to laugh

If you must, then start to cry

Be yourself don't hide

Just believe in destiny.

Don't care what people say

Just follow your own way

Don't give up and use the chance

To return to innocence.

That's not the beginning of the end

That's the return to yourself

The return to innocence.

Música dos Enigma.

Oba, oba!!

Parece mentira mas é verdade!! Já tenho mesa e cadeiras!!! wohOOO! Para os mais esquecidos, desde dia um de Novembro que comia no chão, usava o computador no chão enfim... cá para mim ainda vou ter saudades dos tempos minimalistas, vamos lá ver. E o que é que faz falta numa casa cuja mobília consiste duma cama, armário e agora mesa e quatro cadeiras? Um conjunto para jogar ping-pong, claro...

quinta-feira, janeiro 25, 2007

wooof

Parei três segundos para pensar e cheguei à conclusão que começo a gostar do meu trabalho (o que já de si é preocupante) mas detesto seriamente o ambiente de trabalho. E detesto seriamente a equipa. E a tal vontade de voltar a matar regressa... o que fazer?... Este fim de semana vou até Ardennes sem ninguém do banco, weeeeee.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Sem as caricaturas da Visão como é que uma emigrante percebe o seu país?

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Este tipo já teve gatos...

Imagens do site off the mark

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segunda-feira, janeiro 22, 2007

Tradução, se faz favor!

Alguém tem a bondade de me explicar que história é essa de rapto e adopção? E como é possível que se esteja a dar ouvidos ao discurso medieval e culpabilizante a favor do "não" no referendo do aborto (atenção, é dia 11!)? E como é que o presidente de muitos portugueses vai à Índia falar do crescimento e desenvolvimento de Portugal se a Índia- apesar de não parecer- revelou uma subida económica de quase 8%? O que houve com os CTT? É que isto de ser emigrante está a ficar sério, acabo de ver cerca de 10 caricaturas portuguesas e não percebi nada! (Merda para os jornais online e os sumários e o reservado para assinantes.)

O que não se deve ler numa segunda-feira:

http://postsecret.blogspot.com/

domingo, janeiro 21, 2007

subscrevo

"Indecisos uni-vos

- Olá, chamo-me Pedro, sou indeciso.
No dia em que houver a primeira reunião dos indecisos anónimos contem comigo. Eu sei que está para breve. Se escrevo sobre este tema numa semana de caos na Palestina, caos na União Europeia, caos em Ana Gomes, é porque há milhões aí fora que padecem da sindroma. Somos indecisos. Temos problemas com a escolha. Vivemos num imenso quotidiano de pânico. Para nós qualquer decisão fútil e irrelevante é um inferno. O juízo final. “Liberdade para escolher” do falecido economista Milton Friedman é um livro que não nos importaríamos de proibir. “Liberdade para escolher” é uma contradição nos termos. Se há liberdade não é para escolher. Se há liberdade é para não escolher. A escolha, como é óbvio, suprime a liberdade. Num restaurante, estamos indecisos entre pratos diferentes e quando escolhemos nunca achamos que escolhemos bem. Numa loja, estamos indecisos entre produtos diferentes e, fatalmente, costumamos arrepender-nos. Para fazer uma viagem, para contratar um electricista, para comprar a estúpida de uma estante, a nossa tragédia é sempre a mesma. Não escolhemos. Não conseguimos. Demoramos. Demoramos muito. E quando finalmente escolhemos, depois de larga hesitação e angústia, o processo de escolha nunca está concluído. A seguir à escolha vem a revisão da escolha, o passado alternativo, o verbo condicional. ‘Podia’, ‘talvez tivesse sido melhor’, ‘foi um erro’. As fórmulas são várias. Só porque escolhe, o indeciso não deixa de ser indeciso.

Eu sou um indeciso e gostava humildemente, publicamente, de reconhecer que tenho um problema. Nós, os indecisos, temos problemas. Somos doentes. Somos guterristas. Precisamos de cura, de tratamento mas também de tolerância e de compaixão. Queremos ser compreendidos. Merecemos ser compreendidos. Ao contrário do que dizem os simplistas, o nosso suplício não está em não saber o que queremos. Não somos fracos. Sabemos o que queremos. Só que queremos tudo. Somos de um perfeccionismo, de um imperialismo, de uma arrogância sem limites. Alguém, por favor, que nos ensine o sentido das proporções."

Texto tirado do blog vício de forma.

Grrrrrr

Quase tão bom como chocolate:

The veils e Cold war kids.

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Domingo de revivalismo II

Sem sombra de dúvidas esta será a música que vou assobiar no banco amanhã.

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Domingo de revivalismo

Este fim de tarde verei Oliver! uma relíquia da minha infância. Porque apesar de amanhã ser segunda-feira, "it's a fine life"... e afinal de contas trabalho num banco.

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Estou podre.

Sobrevivi a uma semana de cão no trabalho e sexta-feira das 18h às 2h ajudei na angariação de fundos do meu grupo da Amnistia Internacional, organizamos uma noite de música e dança escocesas. Servi no bar, dancei e carreguei mesas e cadeiras. Dói-me tudo.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Bélgica, a terra da chuva...

"Rain, rain go away

Come back on a better day

When all my lies are gone and

All my burdens have been sold"

"Eskimo lament", The coral.

(imagens tiradas daqui)

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quarta-feira, janeiro 17, 2007

E é assim que tentam convencer-me a regressar?...

Saudades. (?)

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Numa escala de quanto a quanto??

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domingo, janeiro 14, 2007

A eterna preguiça de mudar (deambulações de emigrante)

Assumo finalmente o meu papel de emigrante. Não faço a mínima quando serão as férias de regresso à terra, tenho saudades do frango dos restauradores, dos amigos (sim, vêm depois do frango), do calorzinho, de passeios à beira-mar, de perceber o que se passa e de não me preocupar com as diferenças culturais, afinal de contas, se, ou melhor, quando faço asneiras assumem imediatamente que é uma asneira portuguesa e que há choque de culturas enquanto que eu ainda estou a decidir se o meu interlocutor é burro ou se o meu francês está mais podre do que pensava.

Como boa emigrante que sou, gosto muito do meu país mas tenho dificuldade em percebê-lo. Quero intervir e no entanto quando vivia aí muitas vezes estive-me nas tintas. Porquê? Bem, porque já estava dentro do comboio... Estava minimamente bem informada - sempre muito mal se comparar com os meus tios - mas não estava a fazer qualquer diferença (talvez ao provocar discussões na faculdade?).

Após sete meses na Letónia, digo, no fim do mundo, percebi como é complicado querer integrar-se, quebrar o código linguístico e cultural, fazer amigos, sair da casca etc e ao mesmo tempo não querer ou poder cortar com a raiz, porque a raiz é parte integral do que somos ou do que julgamos ser. Pela primeira vez na vida era a única portuguesa. A única. Sou a única portuguesa que centenas de pessoas conheceram pessoalmente. As minhas acções e piadas eram automaticamente assumidas como portuguesas e para meu horror como típicas. Eu nunca fui típica em toda a minha vida. (começam a perceber porque bebi tanto quando lá estive?) O meu choque com o resultado das eleições presidenciais (choque, não surpresa) acelerou o processo de querer perceber, participar, mudar e reclamar.

Ando a esforçar-me por perceber a discussão (ou ausência dela) sobre o referendo do aborto, por decifrar a TLEBS, por compreender a política portuguesa para ao menos conseguir responder às perguntas dos meus colegas belgas ao mesmo tempo que tento perceber as minhas contas belgas, o que raio é que ando a descontar e o IRS belga, que estatuto tenho agora que estou registada (votar é obrigatório aqui e até agora não encontrei um consenso sobre quanto tempo depois de estar registada é que tenho de cumprir o meu dever), perceber os "wallons" e os flamengos e todas as pequenas idiossincrasias de que nunca me tinha apercebido até sair do meu país.

Isto tudo e mais alguma confusão à mistura para dizer que não é preciso ter medo das mudanças. As mais assustadoras costumam ser as melhores. O hábito de sentar-mo-nos à sombra da bananeira e reclamar em voz alta, especialmente durante o telejornal, é muito giro e pitoresco mas é desperdício de energia. Um dia acordam e estão velhos e confusos a bradar aos céus que no nosso tempo as coisas eram diferentes. Mas este é o nosso tempo, esta é a nossa vida. Está a passar muito depressa enquanto temos medo de ver o que há pela frente ou enquanto reclamamos com o estado das coisas. Estamos perdidos dentro de nós mesmos, sim. Mas porque "queremos". Claro que podemos reclamar, eu adoro mandar vir com o mundo contudo, nunca ninguém nos disse que ia ser fácil. Então aqui estou eu, uma eterna maricas a abraçar a mudança, dar o passo em frente, arriscar, pontapé no rabo e tudo isso - Olé! Gostava de poder votar no referendo porque aos poucos a coisa avança. Não, não perdi o meu cinismo e pessimismo, simplesmente uni-os a uma vontade de ferro de quem sobreviveu a micróbios comunistas e um hospital letão.

Após isto vou dormir porque ainda não recuperei da minha integração de sexta à noite. Acho que não vos contei que decidi experimentar todas, mas todas, as cervejas belgas. Não na mesma noite, claro, são cerca de 600, livra! A minha contagem vai em 12. É como vos digo, isto é aos poucos.

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Digam lá, nunca vos apeteceu?...

http://fotoarttoo.blogspot.com/

Antigamente tinha cérebro...

Na Letónia a minha desculpa era a língua de doidos. Fui a uma loja de desporto comprar roupa quentinha e saí de lá com dois gorros iguais quando só tinha comprado um (julgava eu). Agora na Bélgica já não há desculpas, sou é completamente parva. Aproveitei o primeiro dia de sol deste inverno e fui passear para o bosque. (Não sei se já tinha referido que tenho um bosque a sete minutos de casa.) Após quase três horas a andar estava esfomeada e decidi comprar um hamburguer e claro, batatas fritas. Confesso que estava no mundo da lua mas há também que mencionar que a música estava alta e que a empregada era loura. Não me perguntem, só sei é que cheguei a casa com cinco, sim, CINCO hamburguers. Muito a custo comi dois...

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A integração musical

Como parte da minha integração tenho começado a investigar a música Belga. Até agora só o artista flamengo Ozark Henry me chamou a atenção:

Sweet instigator.

Indian summer.

Weekenders.

Mas como uma amiga apontou, os K's choice que tiveram um êxito relativo em Portugal são belgas...

Lembram-se deles?

Not an addict.

Believe.

Everything's for free.

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sábado, janeiro 13, 2007

Devo oferecer isto à minha chefe?

A profecia

Eu até já estava à espera e até já tinha avisado toda a gente que ia haver problemas... "Vai ser giro regressar a casa com uma piela.", disse eu. Foi giro, foi. Aposto que não houve um único vizinho que não me ouviu a subir as benditas escadas.

Estes americanos são doidos!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

A ironia dos filhos de Deus

Alguém pôs uma televisão gigante na sala de convívio do trabalho. Ecrã plano, dolby surround, máquinas de chocolates, café e bebidas açucaradas, cadeiras almofadadas... Quando me vim embora estavam meia-dúzia de almas perdidas a ver um série infantil da Islândia que pelo que percebi se chama Cidade preguiçosa e cuja acção consiste num maluco saudável a pôr crianças a praticar desporto. As já mencionadas alminhas viam isto com um ar deleitado e bem entregue às almofadas das cadeiras e aos chocolates.

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Nem ler o texto antes ajuda...

Meu Deus, meu Deus....

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Public worker

Hoje ao fim do dia uma colega minha tentou explicar-me por que razão eu deveria apanhar a gripe que ela apanhou dos pais. Podia ficar em casa, não trabalhar etc. Respondi que não via a piada em estar de cama com febre e continuei a escrever.

-aaah!! Mas há doente e...doente... - explicou-me num murmúrio. - podes pedir o dia sem estares verdadeiramente doente. - E riu-se.

Olhei-a de cima a baixo e disse com a cara mais séria que consegui:

- Em Portugal temos um nome para pessoas como tu... funcionário público.

Acreditam que ficou ofendida?? Bem, o que eu ri...

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terça-feira, janeiro 09, 2007

De volta à prateleira

Após pouco mais de 200 páginas, desisti do Until I find you. (E muito provavelmente do escritor também.) De qualquer forma se puderem leiam A window for one year, the world according to Garp, Hotel New Hampshire e/ou The cider house rules.

Para ajudar a curar a neura temos Nine stories do J.D. Salinger.

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Chuif

http://youtube.com/watch?v=LvrzsoCunss

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segunda-feira, janeiro 08, 2007

Ela que venha!!!

Uma das minhas actrizes preferidas Allison Janney no seu papel na série The West wing: CJ: "I rode the Lifecycle this morning for an hour and a half. If it was a real cycle I'd have been in Belgium by now." Episódio- "In this white house".

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5a feira, 'bora chatear os americanos!!

Quinta-feira é o quinto aniversário da prisão de Guantánamo, a Amnistia internacional pede o seu encerramento e julgamentos justos (e transparentes).

Site português. Site internacional.

O mais giro é que eu trabalho em frente à embaixada americana numa companhia americana onde na próxima quinta-feira ao fim da tarde (meia hora depois do início da manifestação) há um cocktail todo maricas. Estou quase a ver a minha chefe a ser atropelada por uns manifestantes vestidos de laranja... (ok, ok, sou eu a sonhar.)

(Outro) Ano em fotos

Entre fotos -algumas bem pensadas, outras estranhas - de artistas e políticos há bom fotojornalismo. Espreitem a Vanity Fair.

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R.E.M.

Comenta-se nos corredores que os R.E.M. regressam ao quarteto original. A ocasião já tinha surgido uma vez durante um casamento mas desta vez o evento será devidamente registado visto tratar-se do Hall of fame. E como na verdade eu só preciso de uma desculpa (e nem precisa de ser boa) aqui ficam mais uns vídeos para refrescar a memória.

It's the end of the world as we know it (I feel fine).

The one I love.

Man on the moon.

Everybody hurts.

Losing my religion.

Drive.

What's the frequency, kenneth?

Find the river.

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O parágrafo que fez rir a emigrante em mim

"Parece que, nos últimos tempos - um ano, salvo seja - setenta ou oitenta ou cem mil almas desertaram do país e foram para o estrangeiro procurar melhor modo de vida. Trata- -se de bastante gente a decidir arriscar a pele e procurar melhor vida noutras paragens. O governo, naturalmente, achará que é uma traição por parte desses cidadãos que se recusam a testemunhar as luminosas etapas do crescimento português e as grandes reformas estruturais. O próprio eng.º João Cravinho já partiu. Felicitemo-lo."

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domingo, janeiro 07, 2007

Vai uma aposta?

Há uns tempos atrás, não me perguntem quanto porque a minha memória esta um caco, (um typo quase tornou esta frase num belo enigma:"a minha memória está um cacto.") o actor Mike Myers fez uma aposta com o também actor Dermot Mulroney. A aposta consistia em dizer uma frase a uma das apresentadoras do The view, Star Jones. Tanto o programa como a antiga entrevistadora são muito conhecidos (para o público americano) e a aposta era de 100 dólares. A frase tinha de encaixar-se perfeitamente na conversa de modo a que ninguém (o programa é gravado ao vivo) reparasse que ali havia coisa. Quase no fim do programa e ao que parece quando o próprio Dermot já começava a achar que não ia conseguir, surgiu a oportunidade para dizer:

- "Oh, Star, you're so right."

Ninguém deu por ela. Só se soube porque os meninos não conseguiram ficar de bico fechado. Eu vi o clip no Tonight Show e agora sempre que tenho de dar razão a alguém oiço o Dermot Mulroney a dizer "oh, Star, you're so right."Bonito.

Na sexta-feira tentei fazer uma aposta do género com uma colega do trabalho. Não, não fui cruel. Tentei fazê-la apostar que eu não era capaz de dizer essa mesma frase mudando "Star" pelo nome da minha chefe. Não fui bem sucedida. Qualquer coisa sobre eu não perder o emprego ou uma mariquice do género...

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E a embaixada na Bélgica não imita porquê?

A embaixada portuguesa no Brasil decidiu investir na blogoesfera. De forma simples acaba por concretizar uma boa ideia e transformar-se em algo a consultar se quisermos seguir a "actualidade e realidade portuguesa ou luso-brasileira". E foi através deste blog que descobri que o presidente de muitos portugueses mas não o meu vai estar na Índia a representar-nos, Deus nos salve e guarde.

Fight.

"This is your life, and it's ending one minute at a time."

"It's only after you've lost everything, Tyler says, that you're free to do anything."

"You are not a beautiful and unique snowflake. You are the same decaying organic matter as everyone else, and we are all part of the same compost pile."

"...you're not how much money you've got in the bank. You're not your job. You're not your family, and you're not who you tell yourself.... You're not your name.... You're not your problems.... You're not your age.... You are not your hopes."

"We don't have a great war in our generation, or a great depression, but we do, we have a great war of the spirit. We have a great revolution against the culture. The great depression is our lives. We have a spiritual depression."

Chuck Palahniuk, Fight Club.

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Prémio "Pôr numa t-shirt e levar para o trabalho"

Reparem bem na t-shirt ou vejam a imagem num tamanho decente www.banksy.co.uk

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Prémio "É esse o espírito!"

Bons anúncios

Espreitem os ad-awards, os prémios para publicidade. Inclui um anúncio português, um anúncio finlandês com uma nova maneira de usar a cabeça, uma piscadela de olho à inteligência artificial entre outros.

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sábado, janeiro 06, 2007

Dia de reis na Bélgica

Não há muitas diferenças, há também um bolo-rei (nada a ver com o nosso, o interior tem maçapão) com uma fava e um brinde. A particularidade é quem tiver o brinde tem de usar uma coroa o dia todo. Há quem afirme que também têm de cantar mas eu aí já achei que era um pouco demais... Sim, tive de usar a coroa. Mas só um bocadinho.

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Um dos mais belos poemas

Funeral Blues
Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.

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intertextualidade

O jornal Metro belga cita o... Correio da manhã. Num pequeníssimo artigo intitulado "Une nette majorité des Portugais favorable à l'avortement" fiquei a saber que cerca de 61% dos meus conterrâneos é a favor do aborto. Claro que 43,2% pertencem à abstenção mas enfim. Naturalmente fiquei surpreendida até que vi que a sondagem pertencia ao Correio da manhã. E sabem por que razão fiquei surpreendida? Porque há dias li no Público online que o patriarca de Lisboa(claro que a imitar o Papa mas eu a esse já nem ligo) chamava a esses mesmos 61% de terroristas.

Eu como emigrante não poderei votar no referendo de dia 11 de Fevereiro - isso é outra discussão - e gostava muito de poder votar, primeiro porque tenho uma opinião (aparentemente sou a favor do terrorismo?) e acho que cada voto conta, afinal de contas sou da Madeira e sinto isso a cada eleição, e porque se dia 11 tiver frio ou chuva a taxa de preguiçosos vai decidir algo para o meu país mais uma vez. Não sei de onde veio a moda de achar que o que irrita mais os políticos é o facto de ninguém ir votar, pode até ser, minha gente, mas quem leva com o espeto no cu e a maçã na boca somos nós. Seja um referendo ou eleições para a presidência do conselho directivo duma escola (piscadela de olho à la West Wing) o voto conta porque nós contamos e não somos tapetes de ninguém.

Se o parágrafo anterior não irritar a malta que me tem irritado a mim ultimamente, o blog mudará drasticamente de "o fim do mundo" para "o mundo f*d*d*". Tenho dito.

Inverter os clássicos

Já sei que apesar de ter sido o álbum mais vendido ninguém admite ter comprado o Thriller, como revivalista que sou não tenho problemas nenhuns em deixar aqui o vídeo do Michael Jackson e afirmo sem medos que mal posso esperar para esta música passar numa discoteca ("It's close to miiiiidnight"...). Ok, mal posso esperar por muita coisa mas isso é outra história. A caricatura, para dizer a verdade, assustou-me mais do que ver o "Thriller" quando era miúda mesmo com o "creatures crawling in search of blood".

Lembram-se do filme The Shinning? Eu lembro-me bem das partes que me fizeram esconder debaixo da cama. Mas será que o filme era na verdade uma comédia romântica?

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sexta-feira, janeiro 05, 2007

Ai o meu bolso

Cometi o erro grave de espreitar os próximos concertos em Bruxelas. Acho que vou pela primeira vez sozinha a um concerto, quero lá saber... Por ordem teremos:

- Dropkick Murphys

- Clap your hands and say yeah - com abertura pelos Cold war kids.

- Kasabian

- Corinne Bailey Rae

- Bonnie "Prince" Billy

- Bob Dylan

Primeiras escutas

Um colega do trabalho apareceu com uma t-shirt dos The veils. E cá estou, cheia de sono mas a ouvir a banda. Sim, eu sei, vivo perigosamente. (site oficial da banda)

"not yet"

"the tide that left and never came"

"young advice for mothers to be"

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Listas e listas....

A propósito de um novo reality show - I'm from Rolling Stone - deixo aqui a lista dos imortais: de 1 a 50 e de 51 a 100. O documentário wanna-be (co-produção Mtv e Rolling stone) parece um pouco mais interessante que o The real world apenas porque envolve música.

E a propósito de listas, embora mexesse aqui e ali aqui fica um top 100 cinéfilo.

Fugindo à tradição de se meter em alhadas, Courtney Love ofereceu ao mundo uma lista de "promessas de mau pagador" - aquelas coisas malucas que dizemos que vamos fazer no ano seguinte como "não vou gritar da próxima vez que um belga me mandar a piadinha da senhora da limpeza portuguesa" e "não vou deixar que os meus impulsos me permitam bater no meu chefe" - aqui fica a lista.

De roer as unhas

Gente que conhece gente que conhece gente bem colocada fala num regresso dos Smashing Pumpkins e numa reunião especial 30 anos dos The Police. E eu que pensava que os presentes eram só no natal e nos anos.

Aproveitando a desculpa aqui ficam mais uns momentos de revivalismo:

Dos Police:

Roxanne. "you don't have to put on the red light"

Every little thing she does is magic. "it's a big enough umbrella"

De do do de da da da. "is all I want to say to you"

Every breath you take. "I'll be watching you"

Dos Smashing:

Today. "today is the greates day I've ever known, can't wait for tomorow"

1979. "cool kids never have the time"

Tonight tonight. "time is never time at all"

Bullet with butterfly wings. "the world is a vampire"

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O tempo foge

"Entre os dedos entre as festas e as garrafas vazias. Durante as queixas e depois dos suspiros. Ao som de músicas antigas ao descobrir novas. Não interessa onde vivas, onde te escondas... As pétalas do tempo Não pousam no pretérito perfeito. O tempo foge."

Mariana Simões.

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quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ainda 2006

Um ano em imagens pelo jornal Le Monde. Admito que dois ou três acontecimentos foram novidade para mim. Ao que parece não há grande acesso à informação no fim do mundo.

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terça-feira, janeiro 02, 2007

Until I find you?... O desabafo.

Espero estar a pôr a carroça em frente aos bois mas após dez capítulos do Until I find you, começo a ficar preocupada e eis porquê:

  1. Eu já o deveria ter acabado há imenso tempo. Afinal de contas com o A window for one year nem o queria pousar.
  2. As personagens estavam na Finlândia e eu mortinha para a chegada aos Bálticos. Por motivos que ainda não absorvi completamente foram para a Amsterdão e já se fala em Hamburgo. Mau... Mas já não vão à Letónia?
  3. Onde está a ironia?
  4. Onde está o humor?
  5. Onde estão os ursos, a mutilação, a luta greco-romana, as referências a Viena, o sexo, a música?...
  6. Quem foi o idiota que declarou este livro o melhor de John Irving? Até agora o pior livro do Michael Chabon é melhor que isto.
Espero mesmo que esteja a antecipar-me e que seja a rabujice de voltar ao trabalho a falar mas desconfio que caí na eterna ratoeira de comprar um livro dum escritor que admiro quando já tinha lido o seu melhor. Vou esperar pela entrada na adolescência do pequeno herói caso contrário quer-me parecer que vou ficar altamente indignada. O autor tem agora cerca de cinco ou seis capítulos para inserir humor, sexo, ursos, ironia, luta greco-romana, Viena e pôr o raio das personagens na porcaria dos Bálticos porque foi para isso que eu comprei o livro. (Nada impossível para quem escreveu The Hotel new hampshire e The world according to Garp.) Com a minha sorte amanhã conheço alguém que acha que este livro é uma obra prima.

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segunda-feira, janeiro 01, 2007

Shiu....

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Se calhar ainda estou a tempo de enviar para o concílio de Satã...

Isto na Letónia tinha dado um jeitão...

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Será um bom ano se esta letra deixar de ser verdade...

"Toda a gente critica o telemóvel do vizinho Mas no fundo toda a gente queria ter um igualzinho Toda a gente grita: todos diferentes todos iguais! Mas se calhar há uns quantos bacanos a mais

Toda a gente quer ser solidária Mas na hora da verdade toda a gente desaparece da área Toda a gente quer ser muito moderna Mas a tacanhez essa há-de ser eterna

Toda a gente quer fazer algo de original Acabando por copiar aquilo que acham original Toda a gente repara que acabo duas frases da mesma maneira (se for esse o caso toda a gente caiu na ratoeira)

(...)

Toda a gente critica Toda a gente tem muita pica, Mas é na mesa do café que toda a acção fica, Não há dinheiro que pague este solzinho… Manda mas é vir mais um cafézinho

Toda a gente até compra camisa Mas dessa treta ao fim ao cabo já ninguém precisa Toda a gente fala da situação em Timor Muitos para ganharem algo, e muito poucos por amor

Há quem costume falar de revolução Mas a revolução não vai ser transmitida na televisão Ela tem que acontecer dentro de cada um Caso contrário nunca chegaremos a lugar algum

Há quem queira resolver os problemas do mundo inteiro De uma só vez, confiante, tal e qual um bom escuteiro Mas enquanto se perseguem tão nobres ideais Esquecemo-nos de limpar os nossos quintais

Tentamos combater todos os males da terra Quando afinal é na nossa casa que começa a guerra Toda a gente devia parar de falar olhar para dentro e agir"

Da weasel, "Toda a gente"