segunda-feira, fevereiro 27, 2006

(ressaca)

Já ouviram falar dos submarinos letões? É uma bebida que consiste numa imperial com vodka (verdadeira, não a trampa que se bebe no "ocidente"), um submarino nuclear consiste numa caneca de vodka com cerveja. Agora ponham isso em cima de vinho doce caseiro de Málaga e perguntem-se como é que eu estou viva.

Etiquetas: ,

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

JÁ POSSO BEBER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! wOOOOO!

Etiquetas: ,

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Estou atenta a todas as movimentações!...

Apanharam-me uma vez mas eu agora estou atenta. Este fim de semana enquanto esperava que a Anna voltasse da casa de banho (não sei se disse mas aqui é pior que na Bélgica, paga-se para ir a uma coisa nojenta) um rapaz louro e giro veio ter comigo e perguntou: - Do you speak English... at all? Eu ainda levei uns segundos a reagir, olhei-o de cima a baixo e disse que sim. Estávamos em Daugavpils onde tinha passado o dia a ouvir russo e letão. Então, cheio de charme, pôs-se a falar do seu espanto em ouvir inglês em Daugavpils, o que estávamos ali a fazer, se estávamos a gostar, de onde erámos... Tudo óptimo. Até que eu perguntei o que é que um americano fazia na parte russa da Letónia. - I am from the church of Jesus Christ. Pronto. Eu não digo? Até na Letónia, olhem que já é sina.

E mostra-me uma cópia do Livro de Mórmon. E diz-me que se eu quiser pode enviar uma cópia na minha língua para eu ler, eu respondi que tínhamos esses livros em Portugal e se eu quisesse, lia. Nisto a Anna regressa e eu apenas disse que ele falava inglês, a Anna mal teve tempo de dizer "olá". - My name is Steven... I am here to talk about the power of the gospel, of the light and love of Jesus Christ...

Não há forma de descrever a velocidade com que a Anna pegou na mochila e começou a andar. ;P

Agora já sei que também há Mormons na Letónia, caramba, pensei que aqui estava safa. Não percebo porque é que têm de andar a ver se arranjam mais fiéis, será que ganham um lugar no céu com vista quando atingem o fiel número 5000?

Etiquetas: ,

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Quantos de vocês fizeram isto??

Depois de Daugavpils, dormimos em Riga (fazendo um total de 9h30 de viagem de autocarro) e de manhã fomos para Jurmala, no norte de Riga, a zona das famosas praias, inúmeros filmes foram feitos ali e todos os anos a população quintiplica... Os locais estão habituados a lidar com turistas e foram super simpáticos. A cidade tinha também imensos gatos, à porta das lojas e nos bancos de jardim. :-> Quando chegamos à praia (eu estava curiosa para ver se havia neve) os nossos queixos caíram. Estava tudo branco, TUDO. Não se distinguia a areia do mar! Eu nem sabia o que dizer. O mar (nesta zona é o mar Báltico) estava congelado! Começamos a andar completamente cheias de adrenalina e quando demos por nós já estavamos a pisar o mar! Hehhehehe. Bem, fiquei toda doida. Andei a tocar em tudo, provei gelo salgado, enfim... As fotos ilustram melhor. Também fizemos dois vídeos mas não dá para pôr aqui, mostro quando voltar. Yupe, é mesmo salgado.

Um mergulhinho para refrescar, estava muito calor...

Nada como nadar no mar fresquinho, hein?...

Etiquetas: , ,

Só eu...

Este fim de semana fui até Daugavpils, no sul da Letónia, quase Lituânia. É a parte russa da letónia, 90% dos habitantes são russos. Como quando lá passei a caminho de Riga ninguém falou letão connosco preparei umas frases em russo. Uma delas era se podia visitar a sinagoga porque a admissão só era permitida durante as orações e desculpem a minha ignorância, mas não fazia a mínima das horas das orações judaicas, nem sei se os católicos, sei que há missa normalmente a determinadas horas.. BOM! já me estou a perder... Então, após tirar algumas fotos e achar a sinagoga muito colorida, os judeus nunca foram assim de grande espalhafato e tal, entrei e perguntei em russo se podia visitar a sinagoga. A senhora estava um pouco longe e veio quase encostar o ouvido à minha cara e eu repeti. Olhou para mim de forma estranha e eu tentei melhorar o sotaque e voltei a perguntar. Olhinhos a examinarem-me e nada de resposta. Desisti e perguntei por gestos se podia entrar e ver. Na boa. Andei por lá a passear e tal, muito giro e tal... O meu cérebro continuava a dizer-me que algo não batia certo (é preciso ver que tinha feito 6h30 de autocarro e estava de directa, ter cérebro já era milagre) até que vi um enorme Jesus Cristo e pensei "pronto." Depois ao lado vi o símbolo da Igreja Ortodoxa. ;P Basicamente entrei na Igreja ortodoxa russa e perguntei se podia visitar a sinagoga, não admira que a senhora me olhasse de lado. Claro que depois chamei a Anna para lhe dizer, ela também estranhou o Cristo na cruz mas disse que neste país já nada a surpreende. Claro que agora vendo as fotos reparo que a igreja está repleta de cruzes ortodoxas mas eu de directa, às 10h da manhã e concentrada em fugir do frio mas em ver a cidade toda ao mesmo tempo, não dei por nada. Nem a Anna. :-D

Etiquetas: ,

domingo, fevereiro 19, 2006

Ainda não percebi qual era o perigo mas está bem

Depois de passearmos durante cerca de uma hora, de andarmos para cima e para baixo do parque aparece-nos isto: Não sei qual era o perigo mas a ignorância é um espectáculo. E por que raio não estava isto no outro lado, donde nós partimos?...

Etiquetas:

ahem

Conforme prometido, as fotos do "incidente"...É para verem o que dá porem uma madeirense a conduzir na neve pela primeira vez com um camião no retrovisor. A roda esquerda soterrada na neve deu muito trabalho.

Tem bom aspecto, não tem?

Escavamos a neve à volta dos pneus, pusemos ramos debaixo das rodas...

Mas o que nos salvou foram estes dois anjos da Estonia.

Com um só empurrão tiraram o carro mais rápido que o Lucky Luke sacava a pistola.

Ah, e Leo? Abstém-te de comentários. Obrigada. ;P

Etiquetas:

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Estonia

Olé! OLÈ! é o melhor comentário que posso fazer ao país, mal atravessei a fronteira senti logo a diferença - a paisagem ao início é a mesma: neve e casinhas mas as pessoas sorriem imenso e são extremamente comunicativas e simpáticas. (no regresso o funcionário da alfândega letã até me deixou a falar sozinha..) Eu já percebi que não é que não gostem de nós mas é a forma russa de ser eficiente, seriedade acima de tudo.

/Casinha pitoresca em Polva, Estonia/ Conduzi num lago congelado!! Que doidice, MAS só se vive uma vez! Toca a tirar os cintos de segurança, no eventual caso de dar para o torto e bute!!!! Com a primeira metida o carro voava! Mas não julguem que vimos um lago e "bora lá", nãoooo. Os estões ou como raio se chamam em português, pelos vistos levam aquilo a sério. Têm pneus a marcar o percurso e um limpa-neves alisa o percurso de modo a não termos que conduzir sobre a neve. Vimos um carro a dar uma voltinha e avançamos! Não tirei fotos por isso rezem que a máquina indiana usada dê qualquer coisa. No dia seguinte deixaram-me conduzir num parque natural, nunca tinha conduzido com neve, foi tudo óptimo nos primeiros quinze minutos mas depois um camião quis ultrapassar (nem imagino como teria sido se fosse um taxi português...) e basicamente o carro ficou enfiado na berma, a neve cobria os pneus completamente. Como devem calcular os pneus precisam de aderência, coisa que a neve e o gelo não oferecem muito. Após vinte minutos de tentativas e partir ramos na neve e pô-los debaixo dos pneus, passou outro carro (sim, porque o camião nem parou) e apesar de não falarem inglês ou letão, os dois estões sorriram logo e deram um empurrão na roda que estava presa e em três segundos o carro estava na estrada. Para a minha desgraça a comida na Estonia também é fantástica, o que torna tudo mais complicado. Como mais e não quero partir no fim da viagem...

Fui também às antigas minas de areia de Piusa, agora é uma reserva natural. As grutas são enormes, galerias impressionantes. Para a maior parte do percurso é preciso lanterna e há morcegos nas grutas então estava com o capuz e não olhei para cima uma única vez, sim, sou uma maricas. Depois passeamos pela neve -que nos dava pelo joelho- pelo parque e à saída vimos um aviso que dizia em estão (?), russo e inglês : Don't go! Dangerous! :-D À entrada da gruta só avisava para não irmos sozinhos devido ao risco de desabamento e para não perturbarmos os morcegos, algo que cumpri religiosamente.

Totem à entrada do parque com um morceguito.

As antigas minas de Piusa, aqui já começa a escurecer.

Ainda volto à Estonia pelo menos uma vez mas a outra parte. Amanhã conto mais sobre o fim de semana, preciso desligar o cérebro, o Zé Colmeia trabalhou muito hoje. Beijinhos

Etiquetas:

Anda tudo doido!

Ok, admito que não quis escrever nada no dia dos namorados mas esta malta exagera, ou são os cartoons ou é o Valentine's day, parece que precisam todos mas é duma bela vodka. hmmmm. Ainda não posso beber e bem, já marchava!

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

nunca mais me queixo

Maldita a hora em que me queixei que não tinha nada para fazer, agora só mesmo os fins de semana é que dão para respirar. Vou ver se aproveito este para passear, weeeee... Ainda não consegui pôr as fotos de Klucisi aqui mas não me esqueci! Agora tenho dir fazer o meu tpc letão para poder ir à primeira reunião de hoje (ai que importante que eu estou!!) hehe. Entretanto voltou a nevar e -adivinhem- está frio. ;P Mas desde que não baixe dos menos vinte, eu consigo, eu consigo. Eu consigo. Ai.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

juventude portuguesa

Jovens de Portugal que andam a divertir-se com o meu blog e, sejamos honestos, às minhas custas, digam-me lá o que RAIO é que vocês fazem nos vossos tempos livres! Jovens entre os 15 e os 20s, o que é que vocês fazem? No trabalho pediram-me para escrever um artigo sobre os jovens em Portugal, sobre as actividades de tempos livres, ocupações fora da escola etc Meus queridos, passei a noite de ontem e o dia de hoje na pôrra da internet à procura disso, claro que passei em revista a minha, chuif, juventude e a dos meus amigos mas eu cresci na ilha, podia ir a praia a cada hora livre... Enfim, eu lá pûs coisas positivas e também falei no vício dos telemovéis e dos chats, vamos lá ver o que é que dizem no Vinda.

sábado, fevereiro 04, 2006

Hospital comunista

Meus meninos, se os hospitais públicos portugueses fossem assim há muito que teria comido uma criancinha ao pequeno-almoço.

(nascer do sol em Klucisi) Pois é, a trampa da gripe intestinal -coisa nova para este corpinho cada vez mais lingrinhas - deu-me a volta ao sistema e fui fazer uma visita de estudo de três noites e quatro dias ao hospital local. Sim, estou bem, aliás, óptima, agora que já não estou no hospital. Basicamente, hei-de fugir de gripes intestinais como o Diabo da cruz. Eu nem sabia bem como agir porque na sexta não parava de vomitar e dei por mim a perguntar "mas o que é que eu faço com isto?, Como é que se trata uma coisa destas?" A boa velha da Coca-cola lá entrou em acção e passei a noite a beber um gole de água a cada 5 ou 10 minutos a ver se matava a sede e não voltava a vomitar. Sábado parecia que o pior já tinha passado, domingo a mesma coisa, até já pensava em sair segunda... Ainda apanhei a euforia com o "nevão" (cof cof - vocês chamam ISSO neve?), até falei ao telefone com o Rui e com os meus tios na boa. Tudo encaminhado para a cura. Pois. Desliguei o pc e pûs o tlm a carregar e fui dormir porque sentia-me exausta, olhem que foi um mau olhado, desatei a ficar cheia de frio, roubei o cobertor à Anna e tudo, tremia que nem um drogado na desintoxicação mas lá dormi. Isto seriam umas 15h (a Anna e a Liga foram a um jogo de hóquei) e pelas 19h quando percebi que as meninas tinham voltado decidi sair da cama, fiquei sentada uns minutos a sentir o pijama colado ao corpo e fui para a cozinha, comecei a sentir-me zonza que nem um carapau, não sei como parti um copo e pensei que ia voltar a vomitar então fui para a casa de banho e tava cada vez mais zonza, ainda abri a porta e acendi a luz mas não cheguei lá. Caí dura no chão e acordei com a Anna histérica a dizer à Liga para chamar o médico. Quando parei de me sentir zonza não conseguia mexer nem as pernas nem os braços de tão dormentes que estavam, lá continuei deitada no chão... A Zanda chegou primeiro que a ambulância e eu toda contente a mandar piadas do chão com elas as três pálidas a olharem para mim. Agora é que é a parte gira! Duas malutonas de cerca de 50 anos entram em casa com a maquinaria toda e claro, desatam a fazer perguntas em letão, depois com as traduções: pôe o dedo ali, o braço acolá, dói-te aqui?... Ok, vens para o hospital connosco. Eu até pensei que estavam a brincar. Foi a primeira - e espero que única - vez que andei de ambulância, a minha mana ficou cheia de inveja porque com todas as suas doenças e com tanta vez internada nunca andou de ambulância bem, eu posso ser macaca de imitação (afinal de contas a doente é a mana mais velha) mas ainda sei entrar em grande estilo. Hehe. As urgências do hospital pôem o ER a um canto, meus queridos. Até estava de boca aberta. Não se via praticamente ninguém, nada de velhotes a gemerem nos corredores ou crianças a chorar. Haja alguma vantagem neste frio desumano, ninguém se atreve a sair de casa. E também não podem desperdiçar qualquer tostão mesmo a taxa de urgência. Mediram-me a temperatura (38,3), tiraram-me sangue e mais perguntas com a Zanda a traduzir, eu estava à espera dum placebo qualquer e zup para casa quando me disseram que ia lá dormir perguntei o q raio é q a Zanda andava a traduzir. Levaram-nos para a parte antiga, para o infekcijas e enganem-se os que achavam que ia já dormir, era bom demais para ser verdade. Entram três enfermeiras com soro e seringas, até comecei a rir com o nervoso. Levei quatro picas no rabo, elas juram que não era penicilina mas doeu como se fosse e dois litros de soro e agora dorme mas não te mexas muito por causa da agulha. ;P A cada dez minutos vinham alguém espreitar a agulha e o soro e quando me viam com os olhos abertos, "sleep, sleep". Exacto, com uma agulha a deitar algo gelado para a veia e com vocês a entrarem sempre que fecho os olhos, claro. Ás 6h da manhã, sim, leram bem, ás 6h!! Entra outra enfermeira com um termómetro e outra para voltar a tirar sangue. Ás 8h entra um casal com um bebé de cerca de dois anos e porque não há coincidências, a mãe fala inglês e acabamos por fazer companhia uma à outra, tem apenas 21 anos mas garanto-vos que parece 25 ou 27. Quando a Zanda chegou já estava eu toda catita a ver se ia para casa e népias... (muito eu olhei para o tecto)

E assim passaram 3 noites e 4 dias. Verdade seja dita que eu ainda tinha 37,5 e não me queriam dar alta enquanto tivesse febre, verdade seja dita também houve para lá uma confusão qualquer que eu já estava a ficar preocupada... As enfermeiras da velha guarda foram um amor e bem que queriam falar comigo, até perguntaram à Zanda algumas coisas em inglês, a médica apesar de não primar pela simpatia era competente e tudo correu bem quando cumpri as ordens à risca. (a vista da minha janela, estava no primeiro andar e pensei várias vezes em fugir...)

O efeito Pavlov também apareceu, sempre que ouvia certos sons (a porta do meu quarto estava fechada) o meu coração dava um pulo porque pensava que eram as enfermeiras com mais injecções, soro ou até mesmo a comida.

Não tem um aspecto delicioso? Hmm? A cor é mesmo assim, o sabor é... bem, não há palavras para descrever o sabor.

Etiquetas: ,